Iniciar uma carreira profissional esportiva demanda muita luta, talento e determinação. Estar perto de referências do esporte facilita. Em 2013, o jovem Leozinho já estava na quadra do Mundial de Clubes de vôlei masculino, no Ginásio Poliesportivo Divino Braga, em Betim, mas como boleiro. Nas categorias de base do Cruzeiro, ele entregava as bolas para aqueles que, algum dia, poderiam ser futuros companheiros no time profissional.
Três anos depois, agora com 21, o ponteiro deixou de ser Leozinho e virou Léo. Mais uma vez ele está no Mundial de Clubes, mas agora em uma função diferente. Hoje ele é uma das opções do técnico Marcelo Mendez para ajudar o Cruzeiro na busca pelo tricampeonato mundial, no mesmo ginásio onde foi boleiro por alguns dias.
A trajetória de Léo ainda está no começo e vem sendo de muito aprendizado. Ainda sem muitas chances na equipe profissional, ele sabe o que tem que fazer para cavar seu espaço no time que já ganhou todas as competições do vôlei mundial.
- Eu vim da base, desde 2010 acompanho esse time no profissional. Sempre acompanhei os treinos e fui tentando aprender um pouquinho. Agora aprendo mais ainda, fazendo parte do grupo. Estou muito feliz de fazer parte deste grupo profissional. Foi um processo demorado, mas se você trabalhar focado e se dedicar bastante, é um objetivo que você consegue alcançar.
Um dos mais experientes do elenco, o levantador William destaca o trabalho da base do Cruzeiro e a grande chance que outros jovens, além do ponteiro Léo, estão tendo de enfrentar grandes equipes do vôlei mundial.
- Ele chegou aqui por méritos. O trabalho da base do Cruzeiro é competentíssimo. A gente vê vários jogadores, não só o Leozinho, que integram a equipe hoje. Acredito que no caso do Léo, como o do Rodrigo, do Cachopa e do Éder, é uma oportunidade incrível jogar um Mundial. Eu não tive essa chance.
O que a gente tenta passar é que aproveitem e que sirva de experiência. Eles estão jogando contra as melhores equipes do mundo, em uma equipe que é uma das melhores do mundo. Para carreira deles, como está só no começo, tem que tirar proveito disso.
Ciente das dificuldades para buscar um lugar em time com tantas estrelas e talento, Léo sabe que o caminho é longo e a dedicação será uma companhia diária dele para ser um grande profissional.
- Tem que remar bastante para ter oportunidade de entrar na quadra. Não é fácil não. Tem que se dedicar muito no dia a dia, nos treinamentos, porque o nível é muito alto aqui – brincou.
Na atual edição do Mundial de Clubes, Léo ainda não entrou em quadra. O Cruzeiro já venceu duas vezes e terá pela frente o Zenit Kazan, da Rússia, para fechar a primeira fase da competição. A partida será nesta quinta-feira, ás 20h, no Ginásio Divino Braga, em Betim.
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