Como botafoguense, resta a Carlos Alberto Torres torcer. Um dos maiores ídolos da história do clube garante ainda guardar uma ponta de esperança na permanência do Botafogo na Série A. No entanto, afirma que o desempenho da equipe comandada por Vagner Mancini faz com que o otimismo passe longe das perspectivas a quatro jogos do fim da temporada.
- Num campeonato de pontos corridos, enquanto houver chances matemáticas se pode acreditar. Vamos aguardar até a última chance, mas é difícil. O time não é bom, não está à altura das tradições do Botafogo - observou.
Capitão da seleção brasileira campeã mundial em 1970 e ex-treinador, Carlos Alberto Torres mostrou não duvidar da capacidade de Vagner Mancini, mas ressaltou que o elenco atual do Botafogo deixa o treinador sem muitas opções para fazer a equipe reagir nas últimas quatro partidas do Brasileirão.
- Não existe técnico que tenha sucesso sem um time bom. Eu não conheço nenhum. O Mancini não teve essa condição, pois pegou um time limitado tecnicamente. O Jefferson é um grande nome, o goleiro titular da Seleção. Mas, fora ele, precisa lançar mão dos mais jovens, então vai fazer o quê? O treinador está fazendo um esforço, mas aceitou a situação - analisou.
Como técnico campeão da Copa Conmebol de 1993, pelo Botafogo, Carlos Alberto Torres mostrou que a experiência vivida na ocasião pode, de certa forma, servir de exemplo para o grupo atual.
- Era muito na base da conversa. Aquela equipe também tinha muitos jovens buscando seu espaço no futebol, então conduzimos mostrando a importância do título em suas carreiras – lembrou o Capita.