A relação entre Rogério Ceni, Juan Carlos Osorio e São Paulo parece estar cada vez mais próxima do fim. Tudo é uma questão de tempo, na visão do goleiro. Nesta segunda-feira, ele falou sobre a possibilidade iminente da saída do treinador para a seleção do México em tom de despedida, em evento de lançamento da sua linha exclusiva de relógios alusiva à própria carreira.
Após a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, sábado, no Morumbi, o colombiano deixou a decisão final para quarta-feira, dia da reapresentação do elenco no CT da Barra Funda.
– Parece uma questão de tempo com a seleção mexicana, mas espero que possa permanecer o máximo com a gente. Espero que até o fim do ano. Não há uma definição real ainda, mas claro que todo trabalho interrompido deixa uma situação difícil para suprir ausências, ainda mais sendo um grande profissional. Prefiro aguardar essas 48 horas e ver sempre pelo lado positivo. Temos um profissional como o Milton (Cruz) para seguir o projeto – disse Ceni.
O ídolo do Tricolor fez elogios ao trabalho de Osorio, após pouco mais de quatro meses à frende do São Paulo. Na sua visão, as principais contribuições do colombiano foram nas partes tática e motivacional.
– Fico feliz com o que ele (Osorio) agregou ao sistema de treinos e ao convívio diário. Trouxe coisas muito boas para o São Paulo e para o futebol brasileiro. Fico contente com qualquer um que saia do São Paulo para algo especial. Com ele será assim. Agradeço por tudo o que fez por nós e torço para que fique, mas que ele realize os sonhos dele, como eu realizei nos meus 25 anos aqui. Todos têm esse direito. As duas principais características dele são a diversificação e intensidade nos treinos e a motivação que dá ao grupo, mesmo com a dificuldade da língua – afirmou.
Perto da aposentadoria marcada para o fim do ano, Ceni terá no máximo mais 13 jogos até o término da carreira, incluindo as nove rodadas do Brasileirão e a possível final da Copa do Brasil. O Tricolor enfrentará o Santos nas semifinais do torneio de mata-mata, nunca conquistado pelo clube.
– Isso é algo que qualquer atleta sonha: poder levantar uma taça antes de encerrar a carreira é algo incrível. Apesar da dificuldade, com equipes grandes, de tradição e de dois clássicos. Nós enfrentaremos a equipe que mais está crescendo nos últimos 30 dias, o Santos. Do outro lado há duas equipes tradicionalíssimas (Fluminense e Palmeiras). Será difícil, mas se for conquistada terá um valor muito grande. Isso sim passa na minha cabeça todos os dias – finalizou.
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