Fred foi crítico ao diagnosticar um dos principais problemas do Fluminense. Depois do empate por 1 a 1 no Fla-Flu, o camisa 9 disse que a falta de um atacante de velocidade prejudica o time há pelo menos dois anos. Depois do clássico, o técnico Cristóvão Borges concordou com o capitão tricolor. O diretor de futebol Paulo Angioni, também. O dirigente tentou explicar a falta deste tipo de atleta no grupo.
Segundo ele, o alto custo de algumas das opções que o clube tentou, como Vitinho, do CSKA, da Rússia, e Wellington Nem, do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, impediu que os reforços chegassem.
A diretoria tricolor também tentou Osvaldo, do São Paulo, numa negociação que envolveria a saída do meia Wagner para o clube paulista. Como o camisa 10 manifestou o desejo de continuar, as tratativas não avançaram.
Além de Fred e do próprio Cristóvão, Darío Conca é outro que reconhece a carência do clube por um jogador veloz.
- A gente sabe a importância que hoje tem um jogador veloz para uma bola longa, para chegar no fundo para o cruzamento. Todo mundo sabe que nosso grupo, independentemente de ter essa característica, é de qualidade, luta muito. Esse grupo, jogadores e comissão técnica, faz um esforço muito grande. Não temos elenco muito grande, mas a gente se esforça e ninguém se esconde.
Opções reduzidas de Cristóvão
Sem dinheiro e com a proximidade do encerramento das inscrições no Brasileirão, em 3 de outubro, Cristóvão só pode olhar para o que tem no grupo. São pelo menos três nomes: o meia-atacante Chiquinho, que tem jogado como lateral-esquerdo, e os atacantes Biro Biro e Matheus Carvalho.
Chiquinho é meia-atacante, jogador de velocidade, mas praticamente não jogou em sua posição desde que chegou ao Fluminense, no início do ano. A maioria das 36 partidas que fez foi como lateral-esquerdo. Improvisado, ganhou a posição de Carlinhos. O jogador tem dois golas na temporada e é homem de confiança de Cristóvão. Recuperado de uma lesão muscular, Chiquinho está em recuperação física e ainda não está confirmado para o jogo da próxima quarta-feira, contra o Grêmio, às 22h (de Brasília), pela 24ª rodada do Brasileirão.
Biro Biro tem 42 partidas pelo Fluminense, mas jogou pouco em 2014. Foram 14 partidas e nenhum gol. No Brasileirão, jogou apenas três vezes. Com Renato Gaúcho, chegou a ser titular em algumas partidas, mas não conseguiu uma sequência. É o típico jogador de velocidade, mas raramente tem chances com o atual treinador. Promovido ao time profissional em 2013, está com 19 anos e ainda não conseguiu corresponder.
Matheus Carvalho é outro garoto que aguarda mais chances, mas também precisa mostrar que pode ser alternativa. Aos 22 anos, disputou três jogos na temporada e fez dois gols. Num determinado momento, em julho, virou reserva imediato do ataque, que tinha Rafael Sobis e Walter (Fred ainda não havia retornado da Seleção). No ano passado, defendeu o Joinville por empréstimo. Na volta às Laranjeiras, aguarda mais oportunidades.
ENVIE PARA UM AMIGO
