Cris Cyborg vai conseguir bater o peso? A pergunta, que será respondida na manhã de sexta-feira, quando acontece a pesagem oficial do UFC Brasília, é o que mais se houve às vésperas do evento deste sábado, no Ginásio Nilson Nelson. A brasileira admite que tem encontrado dificuldade na luta contra a balança - ela precisa bater 63,5kg (há tolerância de uma libra - 64kg) para confirmar o duelo com Lina Lansberg, o principal desta edição.
Apesar do sofrimento envolvido no corte de peso, Cris Cyborg participou normalmente do "Media Day", nesta quinta-feira. De salto alto e um reluzente vestido preto, a curitibana respondeu a todas as perguntas com bom humor - fato atípico para quem está em período de alimentação restrita e drástica perda de peso. A brasileira, porém, sabe que as próximas horas serão as mais dolorosas e escondeu o quanto ainda precisa "secar".
- Tive um problema no peso neste camp, pois eu não chegava no peso que eu sempre chego. Estou um pouco mais pesada. Querendo ou não isso afeta o atleta. Você treina muito, às vezes, retém líquido, comecei a tomar pílula, que meu nutricionista falou que ia me ajudar... Meu período menstrual é bem difícil. Eu estava até falando sobre isso, estava de TPM, falei mais do que deveria falar. Falta bastante, mas vai dar tudo certo, confio no meu time e no meu nutricionista. Ainda estou bem, à noite é que será a guerra. É uma missão secreta (o peso), a gente não está falando. Não posso contar, só amanhã - declarou Cris, desconhecendo que, embora seja uma luta casada, há tolerância de uma libra (434 gramas).
Diferentemente de Curitiba, quando a pesagem oficial foi às 16h, em Brasília, ela acontecerá de 8h às 10h, portanto, Cyborg vai correr contra o relógio. Ela destaca, porém, que poderá chegar reidratada à tarde, quando acontece a tradicional pesagem diante do público.
- Vai ser um pouco difícil, será de 8h as 10h, antes eu acordava de manhã e perdia o resto. Mudamos a estratégia, porém, teremos mais tempo para se recuperar. Na pesagem para o público, estarei bem, reidratada. É um tempo maior.
Confiante - ainda que ciente dos obstáculos - Cyborg não vê outra opção, a não ser se adequar ao peso para confirmar o confronto.
- Tenho que bater, tenho que bater. Dou minha palavra e vou cumprir. Vai ser uma guerra? Vai! Vou bater o peso em respeito a todos.
Questionada se a maior guerra era contra a balança ou contra Lansberg, a curitibana titubeou, mas respondeu.
- Olha... É... A primeira guerra é bater o peso, depois não é só alegria, mas no octógono, com comidinha na barriga, é melhor, né?
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