O que sobrou foi a lamentação. A derrota do Náutico para o Boa Esporte-MG, por 1 a 0, colocou o Náutico em uma situação muito difícil na briga pelo acesso. Agora vendo o Timbu em 10º na tabela, com 45 pontos, a sete pontos do G-4, o técnico Dado Cavalcanti não escondeu a frustração em sair de campo com um revés.
- É uma pena. Mesmo com um a menos, equilibramos o jogo e jogamos de igual para igual. Tivemos chances. Era um jogo para vencermos. Os três pontos fazem muita falta na classificação.
O técnico lamentou bastante também os problemas que já vieram desde São Luís do Maranhão, onde o Náutico empatou em 1 a 1 com o Sampaio Corrêa-MA. Nesta partida, os atacantes Crislan e Sassá foram suspensos e o leque de opções ofensivas de Dado Cavalcanti diminuiu. O sistema teve de ser mudado e voltou a ser o 4-4-2.
- Vieram vários de uma vez só. Administramos os problemas. As opções que eu tinha foram para o jogo e tentamos atacar de todas as formas. Lamento muito a perda dos três pontos até pelo que aconteceu no jogo. Fomos na raça, mas não conseguimos. Mas não adianta se lamentar. Temos de juntar todas as forças para o próximo jogo.
A expulsão do meia Vinícius foi dada como um ponto importante para a derrota alvirrubra. Dado Cavalcanti afirmou que a saída do atleta, logo aos nove minutos do primeiro tempo, comprometeu o jogo do Náutico.
- A gente tem uma visão, mas lá dentro (do campo), o sangue ferve e é claro que a atitude não justifica. Era o início da partida. Tínhamos poder de fogo e encaixe defensivo. A expulsão comprometeu.
Já no final da partida, Dado Cavalcanti fez sua última substituição e colocou o zagueiro Mario Risso no lugar do volante João Ananias. Só que o uruguaio ficou na grande área, como um atacante. Dado confirmou que foi uma estratégia que não deu certo.
- Faltava quatro minutos e não tínhamos força para conduzir a bola. Peguei meu melhor cabeceador e joguei dentro da área. Ele ainda tentou duas vezes. Foi minha cartada final, mas não surtiu efeito.