Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Esportes

De “bico”, Renato Augusto esquece futsal para liderar Corinthians

29.08.2015
09:16
FONTE: G1

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  • Renato Augusto, em treino no CT do Corinthians
O maior finalizador do Corinthians na atual edição do Campeonato Brasileiro gostava mais do salão do que do campo e só sabia chutar de bico. Hoje, porém, Renato Augusto é candidato a grande nome da equipe na busca pelo título nacional – principalmente após a eliminação precoce nas oitavas de final da Copa do Brasil, conta o Santos.

O meia só tem um gol no Brasileirão, mas é quem mais arrisca a gol: são 33 finalizações em 16 jogos, média de 2,06 por partida. Nem mesmo Jadson, que marcou oito vezes, chutou tanto.

Renato Augusto não poderia ajudar o Timão se não fosse “teimoso”. Há mais de dez anos, quando ainda jogava futebol de salão, ele não queria saber de outra coisa. Só mudou de ramo por causa dos amigos e precisou aprender a chutar. Foi no Flamengo, no início dos anos 2000.

– Joguei futsal por oito anos. Só não continuei porque todos os meus amigos foram para o campo. No meu primeiro toque no campo, já fui de bico. Para piorar, no primeiro treino, deram uma chuteira menor do que meu pé, treinei com o dedo todo esfolado. Fiquei com vergonha de avisar, chuteira para mim era “kichute” (risos). Depois fui aprendendo. Mas acho que nunca sairia do salão se meus amigos não tivessem ido para o campo – conta Renato Augusto.

No futsal, afinal, o meia era ídolo dos colegas. Com passagens por Grajaú, Tio Sam e Fluminense, Renato Augusto decidiu jogos e ganhou títulos. No campo, também teve de se acostumar a não ser sempre o protagonista.

– Sempre achei que podia decidir o jogo em toda bola. No campo não, são 11 contra 11, o campo é muito grande. Mas eu gostava muito do salão. Muito mesmo. Fiquei um ano treinando salão de manhã, estudando à tarde e indo para o campo à noite. Até que um treinador do Flamengo me chamou e perguntou do que eu jogava. Disse que era ala, claro!  Só sabia jogar de ala. Mas aí o cara falou que eu seria meia. Fui ficando, e hoje estou aqui – contou o corintiano.

A percepção de decidir jogos foi sendo substituída pela de ser útil ao time em todos os momentos. No Corinthians, Renato tem 11 gols em 113 jogos. Também não é de dar assistências. Mas faz o jogo correr com saída de bola e cobertura, principalmente, de Jadson e Elias – meio-campistas que acabam jogando mais próximos do gol.

– Sempre gostei mais de dar passe do que fazer gol. Hoje vejo que o futebol não é só passe e gol. Tem posicionamento, cobertura. Até brinco com o Elias que o dia que eu sair daqui ele está f... O que eu ajudo esses caras não é brincadeira. Falam até que ando correndo demais, mas às vezes tenho de sobrecarregar para ajudar o outro. Às vezes tenho de abrir mão da parte técnica para o time sair na velocidade. É assim que entendo o jogo – explicou.

A partir deste domingo, contra a Chapecoense, na Arena Condá, o Timão só terá um campeonato para se concentrar. E a bola terá de passar por Renato se o clube quiser se manter na liderança da tabela: são 41 pontos, quatro a mais do que o Atlético-MG. 

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