A cena mais marcante da campanha de retorno do Atlético-PR à Série A em 2012, para muitos torcedores, não é um gol. É o lance em que o zagueiro Cleberson tira a bola em cima da linha nos minutos finais do empate com o Paraná, na última rodada. A derrota significaria mais um ano na Série B. O empate, garantido pelo jovem, garantia o retorno do time à primeira divisão.
Quase dois anos depois de ser herói, Cleberson vive uma fase de vilão. É um dos jogadores mais criticados pela torcida, principalmente pelo número de gols sofridos no Campeonato Brasileiro (13, o que coloca o time como a sexta pior defesa).
Titular em 10 dos 11 jogos do Furacão na competição (ausente apenas no empate com o São Paulo, quando cumpria suspensão pelo terceiro cartão amarelo), Cleberson trabalha para dar a volta por cima e reconquistar a confiança do torcedor:
- Não é que eu tenha caído de produção. Na Série B, eu fui bem em 2012 e comecei bem o ano (de 2013). Mas aconteceram algumas lesões comigo. Isso acabou me atrapalhando. Estou voltando, dando a volta por cima e vou conseguir fazer este ano, se Deus quiser e com um bom trabalho, o mesmo feito que fiz em 2012, quando fui reconhecido.
Apesar de ter uma das piores defesas do Brasileirão, o Atlético-PR está no G-4 - é o quarto colocado, com 19 pontos - e defende uma invencibilidade de sete jogos no campeonato, com quatro vitórias e três empates. O importante, segundo Cleberson, é isso, que o time vença mesmo que sofra elevado número de gols:
- A gente fica chateado de estar levando gols. Mas o importante é que a gente está no caminho certo. São sete jogos sem perder, isso que é importante. Estamos trabalhando para não tomar esses gols. Isso não é questão de experiência. É questão de ter um pouco mais de atenção e continuar trabalhando que as coisas vão dar certo - comentou.
Para selar a volta por cima, Cleberson quer ajudar a levar o Furacão de volta à Libertadores. No começo deste ano, ele e seus companheiros caíram ainda na fase de grupos do torneio:
- É um dos principais objetivos nossos. Fizemos uma boa campanha no ano passado e conseguimos a Libertadores. Se Deus quiser, vamos conseguir este objetivo de novo.
Um dos trunfos do Atlético-PR na disputa por uma vaga na Libertadores é a Arena da Baixada. O clube fará mais três jogos sem torcida (contra Fluminense, Botafogo e Bahia). Depois poderá, finalmente, jogar em casa com o apoio vindo das arquibancadas:
- Voltando agora para a Arena, é totalmente diferente. Como falam, são 12 em campo. É uma força a mais para a gente. A gente não tinha um estádio. Com eles (torcedores) apoiando, isso vai ser importante para o nosso crescimento - concluiu o confiante defensor.
O próximo compromisso do Rubro-Negro, provavelmente com Cleberson entre os titulares, será contra o Fluminense, às 16h (horário de Brasília) de domingo, na Baixada.
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