Os 14 gols que Rafael Costa fez e ajudou na campanha do Figueirense na conquista do tão desejado acesso à Série A do Campeonato Brasileiro na temporada passada continuam não sendo reconhecidos, em parte, pela diretoria do clube alvinegro. Há quase cinco meses atuando pelo FC Seoul, da Coreia do Sul, o atacante segue sem definição sobre os valores que tem direito a receber do clube. O então camisa 9 do Figueira cobra a sua parte na negociação para o exterior e também o prêmio referente à vaga conquistada na elite do futebol brasileiro neste ano.
- Eu fico muito chateado com essa situação. Todo mundo acompanhou o nosso esforço no ano passado para recolocar o clube na Série A. Tive várias propostas e sempre disse que só sairia caso fosse uma coisa muito boa para mim e para o clube. Infelizmente eles receberam tudo direitinho, à vista, e não repassaram a minha parte, sem contar a premiação pelo acesso, que não foi paga para os jogadores que não permaneceram, direito de imagem e alguns dias trabalhados - desabafa o artilheiro do Figueira em 2013.
Com uma postura profissional no período em que esteve no clube, quando chegou a recusar algumas propostas que não seriam boas para o clube e para ele, Rafael Costa demonstra a sua decepção, principalmente, com o presidente do Furacão do Estreito, Wilfredo Brillinger.
- Sempre joguei limpo. Tudo que acontecia relacionado a propostas eles ficavam sabendo, tanto é que me apresentei no início da temporada e fiquei treinando normalmente com o grupo. Se eu saí do clube, foi porque eles tiveram bons motivos para me vender. O meu empresário esteve em Florianópolis esta semana e o Alex Tomita (superintendente administrativo) só enrolou. O presidente sabe o que está acontecendo e não toma uma providência. Eles não estão sendo corretos comigo - comenta o jogador, que vestiu a camisa do clube em 34 oportunidades.
Sem uma definição dos valores que o clube da capital lhe deve, o atacante não descarta entrar na justiça contra o Figueirense, embora cite o carinho que recebeu, em especial, dos torcedores.
- Não queria ter que fazer isso pelo carinho que sempre recebi dos torcedores. O Figueirense foi um clube que me identifiquei, mas caso essa situação não se resolva, não tenho outra alternativa. É triste.
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