Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Esportes

Determinado, Zeca relembra drama com Enderson e se declara ao Santos

29.04.2016
10:21
FONTE: G1

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  • Zeca, lateral do Santos, domina a bola durante treino no CT
Quem vê Zeca titular absoluto do Santos, às vésperas da final do Campeonato Paulista, não faz ideia do que o lateral-esquerdo passou até conquistar a posição, a confiança da torcida e, principalmente, do técnico Dorival Júnior. Com 21 anos, mas mentalidade de uns 30, o Menino da Vila tem personalidade forte e a utiliza como aliada.

Zeca foi o terceiro do Peixe a cobrar pênalti na vitória por 3 a 2 sobre o Palmeiras, depois do 2 a 2 no tempo normal, na semifinal do Paulistão, na Vila Belmiro. Mas não era para ser ele. O lateral-esquerdo pediu para bater, porque na eliminação santista da Copa do Brasil do ano passado, para o mesmo rival, ele não conseguiu. Os tombos que levou até chegar onde está hoje fizeram o jogador preferir ter o controle de tudo que pode, ao invés de só torcer.

– Acho que sim, minha personalidade me ajuda. Desde quando subi da base para o profissional, sempre tive personalidade. Acho que me ajudou muito. Tem de ter isso. Não dá para ser diferente. Tem de ter personalidade, porque se tiver medo ou for acanhado, vai ser pior para o jogador – disse o garoto, em entrevista ao GloboEsporte.com, no CT Rei Pelé.

O lateral-esquerdo foi revelado nas categorias de base do Santos, mas antes de chegar ao profissional, teve idas e vindas. Por conta de problemas na casa onde morava, ainda criança, longe da família, Zeca teve de abandonar o sonho de jogar no Peixe. Voltou anos mais tarde após ser reconhecido como gandula em um jogo da equipe. Era a chance de ouro.

Já no profissional, foi "abraçado" por Oswaldo de Oliveira, que passou a utilizá-lo com frequência, no início de 2014. O técnico, porém, foi demitido após maus resultados. Enderson Moreira, que chegou para substituí-lo, tirou o garoto do time.

– Eu acho que o pior momento da minha vida aqui foi quando eu estava bem com o Oswaldo, aí trocaram de técnico e trouxeram o Enderson. Não tenho nada contra ele, mas ele me tirou do time sem mais nem menos. Eu não soube o que fazer e o que falar. Não tenho nada contra ele, que Deus abençoe a vida dele, que dê tudo certo para ele, mas foi um momento difícil. Saí do time do nada, sem saber o que aconteceu, mas continuei trabalhando, treinando – explicou.

Depois disso, mesmo após a saída de Enderson, no início de 2015, Zeca seguiu sem espaço no Santos com Marcelo Fernandes. Ele seria, então, emprestado ao Columbus Crew, dos Estados Unidos. Já estava tudo certo: passaporte em mãos e último treino no Peixe marcado para a tarde de uma sexta-feira, 12 de junho de 2015, mesmo dia em que Dorival Júnior assumiu a equipe.

Para a surpresa de muitos, até de Zeca, o treinador montou o time que seria titular no jogo contra o Figueirense, domingo, na Vila Belmiro, e o nome do lateral estava na prancheta. A novidade veio a calhar. Ir para os Estados Unidos, definitivamente, não era a vontade do jogador, que se diz apaixonado pelo Santos.

– Eu já havia entregue o meu passaporte, aí ele (Dorival) foi escalar o time e meu nome estava lá, mas não tinha conversado comigo. Meu pensamento era ficar, sempre amei esse clube. Queria sair só por causa da oportunidade que não estava tendo. Como disse, Deus colocou o Dorival aqui. Acatei as palavras dele – continuou.

Quase um ano depois, Zeca é titular absoluto do Peixe. A chegada de Dorival Júnior mudou a vida do jogador no clube. O Menino da Vila, agora, tem a chance de conquistar o primeiro troféu como titular do time: disputa as finais do Campeonato Paulista nos dois próximos domingos, às 16h (de Brasília), no Estádio José Liberatti e na Vila Belmiro, contra o Audax.

Para que o Santos despache o adversário e fique com o título, Zeca vê o apoio da torcida, tanto fora quanto dentro de casa, como primordial.

– Espero muito futebol, muita garra e muito amor das torcidas. O Santos tem a maior torcida, que tem de nos apoiar lá (em Osasco) também, para trazermos a decisão para a Vila. O Audax joga muito bem lá. A filosofia deles não muda: ficam com a bola o tempo todo – concluiu Zeca.

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