Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Esportes

Dez anos depois, Jorginho reencontra America e avalia carreira: "Quero mais"

03.02.2016
08:50
FONTE: G1

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A temporada de 2016 marca a carreira de Jorginho por alguns motivos. Um deles é: ele tem a missão de garantir o acesso do Vasco à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, na terceira vez em que o clube disputa a Série B. Outro motivo é que completam-se 10 anos desde que o tetracampeão tornou-se treinador de futebol. Foi em 2006, efetivamente, que Jorginho se firmou no America e conduziu o time em uma boa campanha no Campeonato Carioca. Naquela ocasião, a equipe chegou à final da Taça Guanabara e à semifinal da Taça Rio.

Naquele ano, ganhou a confiança dos jogadores do America, o que parece acontecer hoje também no Vasco. O meia Andrezinho, por exemplo, disse esta semana que Jorginho tem o grupo nas mãos. O estilo dele, como pessoa, é bem delineado. Em 2006, chegou a sugerir para que o mascote do America mudasse: da figura de um diabo para uma águia. Religioso, Jorginho falou, bem-humorado: "Ninguém gosta do diabo".

 A trajetória como treinador foi tomando forma: auxiliar da seleção brasileira de 2006 a 2010, técnico do Goiás, Figueirense, Kashima Antlers (Japão), Flamengo, Ponte Preta, Al Wasl (Emirados Árabes) e, agora, do Vasco. Jorginho faz uma autoavaliação e diz que quer ter mais tempo na função para elevar o patamar de sua carreira. 

- A passagem pela seleção foi muito boa, com dois títulos como auxiliar. Como treinador, já no meu primeiro ano cheguei na final da Taça Guanabara, semi da Taça Rio, fui escolhido o melhor do campeonato. Em 2010, depois da Seleção, foi muito rápido no Goiás. No Figueirense, peguei o trabalho quase que desde o início, fiquei até o final do ano e o trabalho foi muito bom. Foi complicado para conquistar título por chegar no meio do catarinense. No Flamengo, foi muito corrido, rápido, passei pela Ponte e teve o Kashima, onde fui duas vezes campeão. Aqui, no Vasco, mesmo descendo conseguimos fazer um trabalho. O saldo é positivo, mas não tenha dúvidas que quero ter tempo maior de trabalho para conquistar títulos e elevar um pouco o patamar da minha carreira. Estou feliz e, claro, querendo sempre mais - avaliou Jorginho.

Paizão sem "trairagem" 

Até agora, Jorginho é unanimidade no elenco cruz-maltino. Consegue ter boa aceitação tanto entre os mais jovens quanto entre os mais experientes. É o caso do veterano Rodrigo. O capitão é "na dele", sempre com semblante sério para os adversários. O treinador conseguiu conquistá-lo. Tanto que o zagueiro afirma com convicção que Jorginho é um "paizão" para o time.

- Não conhecia o Jorginho, nunca tinha trabalhado com ele, mas é um cara muito centrado, em algumas situações ele chora. É um cara bacana. Se for falar mais, terei que usar a linguagem do jogador. Não tem "trairagem" com ninguém, ele fala o que for na frente de todo mundo. Isso é bacana. Não chama na sala. Se tem algo errado, chega e fala com o grupo, tem a opinião de todo mundo. Isso não é comum dos treinadores. É o ponto forte dele. Por isso, todo mundo o respeita. É um paizão - opinou Rodrigo.

O preparador físico Joelton Urtiga está com Jorginho desde os tempos de America. Apenas separaram o trabalho quando o treinador foi para a Ponte Preta, e o preparador continuou no Flamengo e na Seleção. O bom relacionamento e a amizade entre os dois facilitam o ambiente profissional.

- Nosso relacionamento teve um casamento perfeito. O Jorginho é um treinador que escuta muito e isso o faz crescer como profissional e como pessoa. Às vezes, temos opiniões contrárias, mas sempre para um trabalho melhor, e tudo acaba bem. É um cara sensacional e amigo - disse Urtiga. 

No currículo, Jorginho tem os títulos da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações de 2009 como auxiliar da seleção brasileira - Dunga, atual treinador, era o comandante. Pelo Kashima, conquistou a Copa Suruga e a Copa da Liga Japonesa de 2012. 

Quando entrar em Édson Passos, nesta quinta, Jorginho enfrentará o clube que não só lhe abriu as portas para sua carreira de treinador, mas também que deu oportunidades como jogador, de 1978 a 1984, antes de ele ir para o Flamengo, na base. 

O Vasco enfrenta o America nesta quinta-feira, em Édson Passos, às 19h30 (de Brasília). A partida é válida pela segunda rodada do Campeonato Carioca. O Cruz-Maltino é líder do Grupo A, com três pontos, e supera o Resende no saldo de gols. 

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