Com a calma costumeira, o técnico Diego Aguirre entra na sala de imprensa do CT Parque Gigante e responde a uma bateria de perguntas dos repórteres. Quando questionado sobre o momento turbulento do time, que sofre para deslanchar na temporada, mantém o semblante tranquilo e minimiza a pressão externa. Esse foi o clima da entrevista coletiva do treinador, concedida no final da manhã desta sexta-feira.
Como argumento, Aguirre se agarra nos resultados conquistados em campo. Em um discurso já repetido, aposta em crescimento nos jogos decisivos, seja por Gauchão ou Libertadores.
– (Pressão) no futebol é normal, não entendo tanto nervosismo. Às vezes fico surpreso. Estamos trabalhando para melhorar. O Inter tem tudo em mão para definir, passar na Libertadores e jogar bem o Gauchão. Por vezes é bom que o time não inicie bem. Tenho total certeza que o desempenho será bom. Penso que o Inter pode surpreender – aposta.
Aguirre adota a postura de se blindar de pressão. Ou seja, evitar que esse ambiente de cobranças adentre o vestiário colorado e prejudique o foco do elenco:
– Estou fazendo meu trabalho e não posso pensar em outra coisa. Tenho muita coisa para fazer. Estou tentando dar o máximo aos meus jogadores para que o Inter continue com triunfos e tentando que possamos continuar jogando cada vez mais para a hora que chegarmos às decisões.
Questionado sobre qual seria o limite para um treinador suportar do comando do time, Aguirre deu uma resposta direta: o final do contrato.
– Limite para mim é o final do ano, em 31 de dezembro. Falta muita coisa para isso, muitos jogos e coisas boas por vir – completa.
Até o momento, Aguirre soma 16 partidas pelo Inter. São nove vitórias, cinco empates e duas derrotas, o que representa 66,66% de aproveitamento. A próxima prova de Aguirre ocorrerá neste domingo diante do União Frederiquense, em Frederico Westphalen. Para o confronto, o treinador colocará time misto – sem Léo, D’Alessandro e Juan, poupados. O confronto ocorre às 16h de domingo, no Vermelhão da Colina.