Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Esportes

Eliminado e fortalecido: Verdão sai da Libertadores, mas cresce com Cuca

15.04.2016
09:14
FONTE: G1

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  • Cleiton Xavier foi o 10 após o intervalo, com Alecsandro e Erik na frente
No futebol, para a maioria, o que vale é o resultado. O placar desta quinta-feira até foi favorável ao Palmeiras. A goleada de 4 a 0 sobre o River Plate, do Uruguai, na arena, pela última rodada do Grupo 2 da Taça Libertadores da América, mostrou mais uma vez que o time de Cuca vive claro momento de evolução na temporada. Mas o tal do resultado, ainda da época de Marcelo Oliveira, acabou determinando a precoce queda do Verdão na competição continental.

No Uruguai, Nacional e Rosario entraram em campo "tranquilos". Um empate seria suficiente para garantir a primeira colocação aos uruguaios e classificar os argentinos. Os donos da casa até tiveram uma boa chance na primeira etapa, mas os visitantes souberam se aproveitar da fragilidade dos reservas do Nacional para vencer por 2 a 0 e garantir a última vaga.

Antes disso, o Palmeiras entrou em campo determinado a fazer a parte dele. Os primeiros minutos mostraram bem o que seria a partida para os alviverdes: marcação pressão na saída de bola, rápida troca de passes, participação efetiva dos volantes e laterais, compactação no meio e chutes de fora da área. Resumindo, quase tudo o que faltou ao Verdão de Marcelo Oliveira começa a virar marca do time de Cuca.

O trabalho da atual comissão técnica está longe de ser perfeito. Prova disso foram os contra-ataques do frágil River Plate que assustaram Fernando Prass. Aos nove minutos, Thiago Martins perdeu o tempo da bola, Schiappacasse ganhou a frente de Vitor Hugo e bateu por cima do goleiro palmeirense. Intensos no ataque, Gabriel e Matheus Sales deram espaços em algumas oportunidades, mas o risco era quase calculado para um time que entrou em campo precisando marcar pelo menos três gols.

A evolução do Palmeiras é nítida pelo desempenho individual de alguns atletas. Antes criticado, Egídio ganhou a vaga de titular e voltou a ter atuações de destaque. Foi ali pela esquerda, após passe de Robinho que o lateral-esquerdo abriu o placar.

Outro fator de mudança é o desenho tático. Alecsandro, outro exemplo de recuperação no elenco, vem atuando mais recuado, como um "falso 10". No fim da primeira etapa, ele cumpriu bem sua nova função, arrancando pelo meio e dando boa assistência para Allione, outro "resgatado", fazer 2 a 0.

Na segunda etapa, uma novidade. Ausente dos gramados desde agosto do ano passado, Cleiton Xavier entrou na vaga de Robinho e, mesmo visivelmente fora de ritmo de jogo, deu mais qualidade ao setor de armação. O camisa 10 participou do terceiro gol - ele cruzou para Alecsandro finalizar, Allione marcou no rebote.

Desanimado com o placar favorável aos argentinos no Uruguai, o Palmeiras se manteve no ataque, mas sem muito entusiasmo. Ainda deu tempo para Alecsandro, que voltou a atuar como referência ao lado de Erik, sofrer e converter cobrança de pênalti para fechar o marcador em 4 a 0. No fim, a torcida, que até pouco tempo invadia a Academia para pressionar e cobrar o elenco, reconheceu o novo momento do time e aplaudiu após o fim do jogo.

Cuca e Marcelo Oliveira tiveram o mesmo desempenho com o Palmeiras na Libertadores: uma vitória, um empate e uma derrota para cada. O problema é que o ex-treinador empatou na estreia com o River, o lanterna da chave, e acabou derrotado pelo Nacional em plena arena, enquanto o atual comandante assumiu com a pressão de buscar pontos fora. Ele até teve bom desempenho contra o Rosario, na Argentina, e goleou o River em casa, mas o resultado negativo contra o Nacional, em Montevidéu, atrapalhou a recuperação palmeirense.

Mesmo eliminado da Libertadores, que é cantada pelos torcedores como a grande obsessão dos palmeirense, o Verdão sai fortalecido. Sem desanimar, Cuca prometeu ainda no vestiário da arena o time na briga pelos títulos do Paulista, do Brasileirão e da Copa do Brasil. Se a equipe continuar em evolução, o discurso do treinador tem boa chance de virar realidade, e o resultado, enfim, caminhar junto com o desempenho.

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