O zagueiro Danny Morais tem uma lista extensa de grandes clubes na carreira. Formado na base do Internacional, ele - além de atuar pelo Colorado - também jogou no Botafogo e no Bahia. Apesar disso, o jogador considera este ano como um dos mais importantes da carreira. Não só porque conquistou o acesso e o título pernambucano com o Santa Cruz, mas porque a passagem pela equipe pernambucana serviu como "recomeço" para sua carreira.
Acontece que, aos 30 anos, Danny vivia, antes de chegar ao Arruda, momento complicado na carreira. Depois de sair do Bahia, em 2013, foi atuar no Al-Ettifaq, da Arábia Saudita. Quando voltou, na temporada seguinte, foi para a Chapecoense. Não teve muito sucesso. Por isso, acredita o atleta, precisava do Santa Cruz.
- Eu fiquei um ano e pouco na Arábia. Para se recolocar no mercado não é tão fácil como a gente pensa. Apesar de o nível lá ser legal. Acabei indo para Santa Catarina, mas não consegui jogar, fiquei pouco tempo, o time estava entrosado. Acabei não tendo oportunidade. Estava precisando voltar ao cenário. Junto com Ricardinho, o Santa Cruz me deu essa oportunidade. Fico feliz de ter sido o atleta que mais jogou no ano (46 partidas), ajudei dentro e fora de campo e fiz gols decisivos. Eu precisava do Santa e acho que fui útil para time.
Embora tenha sido demitido no início da Série B, o técnico Ricardinho ainda é lembrado por Danny como a peça mais importante para sua chegada ao Tricolor.
- Eu confiava muito em Ricardinho, já havia jogado com ele no Bahia e sabia que, aonde ele fosse, o trabalho seria sério.
Não foi o único ensinamento que o ex-comandante e ex-meia passou para ele. Companheiro de Ricardinho no Bahia, em 2011, o zagueiro absorveu muito do que o então companheiro lhe passou. Não só com ele, aliás. A liderança exercida ao longo do ano no Santa Cruz tem muito de atletas com os quais Danny conviveu.
- No Inter, com Fernandão, Iarley, Clemer, sempre dava minha opinião. E aprendi muito com eles, principalmente com Fernandão. E com Ricardinho, no Bahia. Jogadores quando se expressam, estão sujeitos a erros e acertos. E acho que a minha liderança é mais de exemplo do que de brabeza, de xingar. Isso é bom, uma conquista. Consegui exercer essa característica e, por isso, este foi um dos melhores anos da minha vida.
O Santa Cruz representou muito para ele. O recomeço, um dos melhores anos da carreira. Por isso, Danny acredita e vê com bons olhos uma possível renovação com a Cobra Coral. O jogador, no entanto, não garante que atuará pela equipe em 2016.
- Nós estávamos com todas as forças voltadas para o acesso. Quando começamos a acreditar realmente que isso era possível. Agora é que gente começa a pensar nisso. Eu tenho falado muito com meu empresário e preciso ver o que é melhor para minha carreira. Tenho 30 anos já e preciso pensar em tempo de contrato, um lugar sólido para ficar. Gostamos muito da cidade e sempre vou pensar muito carinho na proposta do Santa Cruz.
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