Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
Esportes

Em crise, Timão tenta resgatar filosofia do "bom e barato" para se reforçar

29.05.2015
10:59
FONTE: G1

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A torcida do Corinthians terá de se acostumar à nova realidade financeira do clube. Depois de contratar jogadores renomados, como Ronaldo, Adriano, Guerrero e Alexandre Pato, o Timão viu os cofres se esvaziarem e mergulhou em uma enorme crise econômica. Sem dinheiro para fazer grandes investimentos, a diretoria colocará em prática outra vez a filosofia do “bom e barato” que ajudou o clube a montar o elenco campeão da Libertadores e do mundo em 2012. 

Os dirigentes estão de olho no mercado em busca de reforços, principalmente para o setor ofensivo, mas reconhecem a dificuldade por não ter condições de injetar grandes quantias em negociações. O técnico Tite espera a chegada de um meio-campista de armação e dois atacantes. Um deles para atuar pelos lados do campo e outro que faça a função de um centroavante.

A ordem do presidente Roberto de Andrade é economizar ao máximo para reforçar a equipe. A cúpula do futebol também teme que a chegada de um jogador mais badalado possa causar um conflito com o atual elenco. Depois de quitar uma parte com dinheiro obtido em um empréstimo bancário, o Timão deve alguns meses de direitos de imagem a alguns atletas e não tem previsão para zerar o débito.

O Corinthians, por exemplo, começou o ano observando o centroavante colombiano Teófilo Gutierrez, do River Plate, já pensando na possibilidade de perder Paolo Guerrero. O jogador chegou a ser cotado no clube, mas os argentinos querem R$ 10 milhões para liberar o atacante de 30 anos. O Timão acabou acertando com Vagner Love, que chegou apenas com o pagamento dos salários, sem a necessidade de comprar parte dos direitos. Outras estrelas só chegarão da mesma maneira.

Love, aliás, será a primeira tentativa de Tite para substituir Guerrero. O atacante foi colocado em um trabalho intensivo para melhorar o condicionamento físico e poder render aquilo que a diretoria e a comissão técnica esperam. Ele deve voltar a jogar na próxima quarta, contra o Grêmio, em Porto Alegre. Até agora, o atacante esteve muito abaixo do que o treinador imaginou e perdeu espaço no elenco. 

Enquanto isso, a direção seguirá varrendo o mercado em busca de alternativas baratas. A filosofia não é nova no Corinthians. Entre 2008 e 2012, durante o processo de reconstrução após ser rebaixado para a Série B, o clube apostou em jogadores menos conhecidos. Alguns deles viraram ídolos, casos dos volantes Ralf, Elias e Paulinho. A essa lista juntam-se outros atletas que mais tarde foram negociados por boas quantias, como Jucilei, Willian e Romarinho.   

A estratégia, porém, não funcionou tão bem nos últimos anos. Algumas apostas tiveram dificuldades para se adaptar à cobrança do clube e pouco atuaram. O clube também optou por reforços de peso. Só com Alexandre Pato, o Timão desembolsou mais de R$ 40 milhões. Hoje, tenta negociá-lo a qualquer custo para recuperar parte do investimento.

A diretoria também insiste para que o técnico Tite passe a dar mais chances aos garotos vindos da base. A venda de Matheus Cassini antes mesmo de estrear nos profissionais causou um desconforto depois das cobranças feitas por torcedores nas redes sociais. O volante Marciel é quem mais agrada à comissão e pode aparecer durante a Copa América, período em que Elias estará ausente. Bruno Henrique deve ficar com a vaga a princípio. 

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