Felipão mal teve tempo de analisar a vitória do Grêmio por 2 a 1 sobre o Juventude, neste sábado, na Arena, e a classificação à final do Gauchão, e já teve de esclarecer os rumores sobre um possível adeus ao Tricolor, rumo à China. Segundo o jornalista João Garcia, amigo pessoal do treinador gremista, o mercado chinês já enviou proposta “milionária” para contratar o treinador gaúcho. Na entrevista coletiva após a partida, o treinador confirmou que recebe sondagens do exterior a cada mês, mas negou que esteja de saída do clube.
Scolari reforçou ainda que mantém o pacto feito com o ex-presidente Fábio Koff e que a permanência no Brasil tem a ver com decisões familiares. O técnico disse que só sairá do Tricolor caso o Grêmio opte por sua saída.
- Recebo praticamente uma proposta por mês, China, Emirados, Catar, como eu tenho aquele pacto com o doutor Fábio, embora ele não esteja presente no coração e no pensamento, se tiver situação que eu pense em sair, tenho que estudar. Dentro da minha família, tenho dois votos contrários sempre. Meus dois filhos. Ou eu empato 2 a 2, ou perco, provavelmente qualquer situação que possa ocorrer no futuro, e tomara que o Grêmio não desista, eu fico.
Na sexta-feira pela manhã, Garcia publicou em seu Twitter a informação de que Felipão deixaria o Grêmio independentemente da conquista do Gauchão.
- Chineses seguem em cima de Felipão, fazem propostas milionárias. Ganhando ou perdendo o Gauchão, vai embora - publicou o jornalista na rede social.
Proposta chinesa não é novidade para Felipão ou para o Grêmio. No final do ano passado, o próprio treinador revelou ter negado uma proposta para deixar o clube. Na época, havia sido procurado pelo Shanghai Shenhua. E, no início desta temporada, o mercado asiático alterou a fotografia do ataque tricolor: levou os centroavantes Barcos e Marcelo Moreno.
Dezoito anos depois, Felipão voltou ao Grêmio em julho de 2014. Assumiu o comando do clube pela terceira vez, após a demissão de Enderson Moreira.
Pelo clube gaúcho, Felipão tem no currículo três Gauchões (1987, 1995, 1996), uma Copa do Brasil (1994), um Brasileirão (1996) e uma Libertadores (1995). É o segundo treinador com mais jogos pelo clube.