O contrato prevê o pagamento de R$ 6,2 milhões. Sem parcelamento. Porém, o Fluminense aposta na negociação com o Porto para reduzir o valor ou suavizá-lo em quitações mensais. Esta é a estratégia, que incluiu o envio de um representante a Portugal, provavelmente em dezembro, para honrar o compromisso de adquirir 25% dos direitos econômicos de Walter.
A obrigação de compra de parte do percentual do atleta foi uma exigência do clube europeu na época da negociação do empréstimo - o atacante tem contrato com o Tricolor até 31 de dezembro de 2015. Exatamente um ano antes encerra o prazo para o Flu quitar a pendência. Caso não a faça por via financeira, terá de ceder direitos de dois atletas das categorias de base.
- Este é um assunto que vamos resolver em dezembro - desconversou o presidente Peter Siemsen.
Nas Laranjeiras, a obrigação virou preocupação. O motivo é a crise econômica que, recentemente, significou o atraso de salários de funcionários e jogadores - os meses de agosto e setembro foram regularizados em outubro. A negociação com os portugueses é uma tentativa, mas há o reconhecimento de que será muito difícil convencê-los a mudar algo estabelecido em contrato.
A tendência, então, é ceder direitos econômicos de dois jogadores da base escolhidos pelos portugueses. Os dois atletas ainda não estão definidos. Na época da contratação de Walter, os dirigentes do Porto manifestaram interesse em ter Robert e Kenedy, que hoje estão no grupo principal. O Fluminense não aceitou, ofereceu outros nomes, e o impasse ficou para ser resolvido posteriormente.
Walter se mantém indiferente à negociação. Ao prometer permanecer no clube em 2015, algo colocado em dúvida pelo seu empresário, Teodoro da Fonseca, na época em que era reserva, o atacante aguarda:
- Tenho de jogar bola. Esse assunto é com a direção e meu empresário.
Os últimos três dos 35 jogos com a camisa do Flu foram como titulares. Condição que será repetida, sábado, diante do Goiás, no Serra Dourada. Foram nove gols marcados.
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