O atacante Gabriel, do Santos, já pode tirar sarro dos seus amigos palmeirenses, corintianos e são-paulinos. Neste ano, ele balançou a rede contra todos os rivais do Peixe. No último domingo, foram dois diante de 33 mil torcedores alviverdes, no Pacaembu. Seu aproveitamento em clássicos é bom: quando o atacante esteve em campo, o Peixe só perdeu para o São Paulo, no primeiro turno deste Campeonato Brasileiro, por 2 a 1, e mesmo assim deixou sua marca.
- Todo jogo é importante, mas clássico é sempre diferente. Envolve grandes torcidas, rivais, tem brincadeira também depois com os meus amigos. Então, não gosto de perder clássico, não - declarou o destaque da vitória por 3 a 1 sobre o Palmeiras, durante visita ao Globo Esporte na última segunda-feira.
Com os gols no clássico, Gabriel chegou a 19 pelo Santos na temporada. É o artilheiro da equipe. E o ano de 2014 não tem sido especial apenas por conta dos números. Poder jogar ao lado de Robinho empolga o jogador, que tinha apenas seis anos quando viu o ídolo despontar no Peixe ao lado de Diego. Hoje, é ele quem veste a 10 ao lado do atacante das pedaladas.
- Quando joguei com o Robinho a primeira vez até tomei um susto. Estou aprendendo muito, ele tem me ajudado bastante. Sempre digo a ele que estou contente com a nossa parceria. Espero que ele possa ficar muitos anos comigo aqui no Santos.
A dupla tem rendido frutos ao clube. Juntos, Gabriel e Robinho ainda não perderam (são cinco vitórias e um empate), mas o artilheiro faz questão de lembrar da força do elenco alvinegro. Por isso, não reclama quando fica na reserva. Antes do clássico com o Palmeiras, Gabigol começou no banco contra Bahia e Flamengo, e sequer entrou no jogo contra o Criciúma, tudo por opção do técnico Enderson Moreira.
- O Santos tem um elenco muito forte, não são só dois ou três jogadores. Quem for escalado estará bem preparado para jogar. Todos são humildes e amigos. Quem não jogar vai torcer pelo outro, vai torcer para o time ganhar, que é o mais importante.
Em 2009, Gabriel era apenas um menino que jogava no sub-15 do Santos, enquanto, no profissional, o “filé de borboleta” Neymar era deixado no banco por Vanderlei Luxemburgo na maioria das partidas, para só em 2010 estourar para valer, com o título do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. A história serve de exemplo para o atual camisa 10 do Peixe, que mesmo artilheiro ainda não se firmou entre os titulares.
- Já estou contente pelos meus números em 2014. Sou o artilheiro do time, temos a possibilidade de ganhar a Copa do Brasil, quase ganhamos o Paulista. Esse ano tem sido muito especial. Quero sempre estar bem, conquistar minhas marcas e estar preparado para ajudar o Santos.
O ano está ótimo, os gols estão saindo, as convocações para a seleção brasileira sub-21 também, mas só falta uma coisa. Com 18 anos recém-completados, Gabigol se esforça para, em meio à rotina de treinos e jogos, conseguir tirar a habilitação para dirigir e...de repente, quem sabe, dar um passeio com a namorada?
- Estou solteiro, na pista. Sou artilheiro só no campo, na vida pessoal está difícil. Estou abandonado e carente - brincou o atacante.
ENVIE PARA UM AMIGO
