O Grêmio divulgou no início desta sexta-feira uma nota oficial em que se pronuncia sobre os atos racistas de torcedores do clube contra o goleiro Aranha, na derrota tricolor para o Santos por 2 a 0 na quinta, pela Copa do Brasil. Na manifestação, o clube se solidariza ao rival e promete apurar o caso e suspender os envolvidos caso estes sejam sócios. O jogador foi alvo de gritos de "macaco" aos 44 minutos do segundo tempo e, após o confronto, deu sua versão sobre o episódio, afirmando que xingamentos como "preto fedido" doem.
Após a partida, o assessor de futebol Marcos Chitolina já havia se manifestado nesse sentido, tentando mostrar que as ofensas foram isoladas. O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, afirmou que irá solicitar provas e imagens da partida para investigar o episódio.
O ato de racismo partiu da arquibancada posicionada atrás da meta defendida pelo goleiro, e levou o camisa 1 do Peixe a paralisar a partida, aos 42 do segundo tempo, para reclamar a Wilton Pereira Sampaio. Apesar da denúncia, o árbitro não relatou o episódio na súmula do jogo. O canal ESPN flagrou uma torcedora gritando "macaco" em direção ao goleiro, atitude que gerou grande revolta nas redes sociais.