Foi em 2012 que o Atlético-MG fez a melhor campanha no Campeonato Brasileiro nos últimos anos. Do grupo que conquistou o vice-campeonato daquela temporada, apenas oito jogadores ainda estão no clube. E apesar da reformulação que o grupo do Galo teve ao longo de duas temporadas, o elenco em 2015 tende a ser mais equilibrado.
A campanha do grupo do então técnico Cuca teve como grande obstáculo as reposições do time titular que, apesar de contar com nomes em grande fase, como Ronaldinho Gaúcho, Bernard e Jô, não conseguiu manter a regularidade nos jogos fora de casa. As suspensões e contusões prejudicaram a trajetória da equipe, que terminou o primeiro turno como líder da competição. Mas no segundo turno, o time sentiu o desgaste da sequência de jogos e não manteve o mesmo futebol.
Agora, em 2015, o Atlético-MG inicia o Brasileiro como um dos favoritos ao título. E o grupo de Levir Culpi se modificou com relação ao perfil do elenco de 2012. Além dos oito remanescentes (Victor, Giovanni, Leonardo Silva, Marcos Rocha, Carlos César, Leandro Donizete, Guilherme e Jô), o clube conseguiu reformular boa parte dos atletas, aumentando a qualidade das peças de reposição.
Um exemplo é a lateral direita, que manteve Marcos Rocha e Carlos César, porém, tem a presença de Patric, que vem jogando em substituição do primeiro, lesionado. Em cada posição do time há, pelo menos, uma reposição à altura. Até na lateral esquerda, cuja a reserva tem o criticado Emerson Conceição, tem a presença de Douglas Santos, titular absoluto, e Pedro Botelho na suplência. Para a zaga, Edcarlos e Thiago já demonstraram que mantém o desempenho de Jemerson e Leonardo Silva.
No meio-campo, os volantes mesclam experiência e juventude com Leandro Donizete, Josué, Rafael Carioca, Eduardo e Danilo Pires. Na armação, o titular Dátolo tem as sombras de Giovanni Augusto e Cárdenas, além de Guilherme, considerado titular, mas que enfrenta o crônico problema das contusões.
E o ataque também têm peças de reposições para cada posição no setor ofensivo. Jô, artilheiro da Libertadores de 2013, é o reserva do atacante argentino Lucas Pratto, principal contratação do clube no ano. Para as outras posições do ataque, Maicosuel, Thiago Ribeiro, Carlos, Dodô e Luan disputam duas vagas, com o último sendo considerado titular.
Dos destaques da equipe há sempre um reserva em condições de manter o nível, conforme destacou o atacante Thiago Ribeiro, que chegou no decorrer da temporada.
- O elenco forte é um fator determinante para brigar pelo título brasileiro. Não adiante ter um time e não ter um elenco. Nesse caso, a gente tem um elenco grande e de qualidade. Sai um e entra outro e o nível continua alto. Quem ganha é o próprio Atlético-MG com esse nível de competitividade aqui dentro. Quem entra não quer sair. O que mantém o jogador titular é o rendimento dele dentro de campo.
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