A homenagem ao ídolo Fernandão, falecido em junho, contou com a presença da viúva do ex-colorado, Fernanda Costa, e dos filhos Eloá e Enzo, que participaram da cerimônia que apresentou a camiseta e a chuteira utilizadas na final do Mundial de 2006, contra o Barcelona.
Além dos familiares, o presidente Giovanni Luigi esteve presente e valorizou a relação que tinha com o ex-camisa 9 colorado. O memorial foi posto no corredor do portão 3 para a arquibancada. E no dia 17 de dezembro vai acontecer a inauguração da estátua de Fernandão levantando a taça mundial, em tamanho real.
"Convivi 8 anos, 4 como presidente e 4 no futebol. Foi o único que tive uma relação de amizade dos atletas que convivi. É o mínimo que o clube pode fazer. Estaremos sempre com a família, atentos, porque é aquilo que o Fernando gostaria que nós todos fizéssemos. Entendo, com a diretoria, que é importantíssimo mantermos aquele local, que foi escolhido pela torcida, e nós aqui estamos fazendo um local para que se eternize e de circulação das pessoas", discursou Luigi.
A viúva Fernanda, emocionada, concedeu entrevista coletiva após o final da solenidade, quando os três familiares e Luigi retiraram bandeiras que cobriam chuteiras e a camiseta. Ela contou algumas histórias da relação com a torcida, quando um jovem pediu para entrar na casa deles, na virada de um ano, em Santa Catarina, para apenas tocar o ídolo, que estava dormindo. O carinho dado após a morte de Fernandão ainda impressiona.
"O Fernando não gostava de expor a mim e a nossa família. Só me deixa lisonjeada. Uma vez ele estava tirando fotos, uma pessoa encostou em mim e perguntou se eu era esposa dele. Respondi que sim e ele disse: 'que sorte'. Se eu começo a olhar as coisas que ele fez, eu sinto que estava se despedindo. Ele deu uma entrevista para o Edson Erdmann (organizador da reabertura do Beira-Rio) e saiu a público um pedaço em que ele chorava. Para mim foi uma despedida. Dizendo que só tinha a agradecer à torcida", comentou Fernanda.
O ídolo colorado faleceu em junho deste ano, após uma tragédia com acidente de helicóptero no interior de Goiás. Desde então, os colorados criaram um altar espontâneo, que será mantido também pela diretoria colorada.
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