Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
Esportes

Inter faz história com dedo de Aguirre e coloca reforços de grife na reserva

17.04.2015
10:14
FONTE: G1

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  • Diego Aguirre freia empolgação após bela vitória fora de casa
Tantas vezes crucificado ou não compreendido, Diego Aguirre precisou de tempo para mostrar a sua metodologia e convencer com o rodízio de atletas. Com uma atuação de luxo - algo que era buscado e cobrado desde o início da temporada -, o Inter atropelou a Universidad de Chile, na noite desta quinta-feira, e fez história na Libertadores. Conseguiu a sua maior vitória fora de casa na competição sul-americana com o 4 a 0, pela penúltima rodada da fase de grupos, superando o 4 a 1 sobre o Jorge Wilstermann, em 2011. Com a cara - e a coragem - de Aguirre.
 
Tudo passou por provações e convicções. O uruguaio não sucumbiu a pressões de torcida ou até da diretoria, que, no início do ano, por exemplo, não queria Eduardo Sasha entre os 11 - justamente o autor de um dos gols e de uma assistência na quinta. Para se ter uma ideia da revolução promovida pelo treinador, nenhum dos sete reforços contratados iniciou a partida (Lisandro López ainda não pode ser inscrito na Libertadores). Aliás, Anderson, Vitinho e Nilton sequer viajaram. De nomes de peso, irão compor um mistão de luxo para domingo, quando o Inter decide vaga na final do Gauchão, contra o Brasil de Pelotas, no Beira-Rio.

Esse patamar foi alcançado sem receio de lançar garotos. A partir de um discurso de “joga quem está melhor”, Aguirre montou a sua espinha dorsal do Inter. Na zaga, Alan Costa foi preferido em relação ao experiente Réver, no banco em Santiago. Na lateral-esquerda, Geferson ocupou o espaço deixado por Fabrício, hoje emprestado ao Cruzeiro. Rodrigo Dourado se tornou dono da primeira função do meio-campo e fará Nilton e Nico Freitas correr atrás do espaço perdido. O lateral Léo está lesionado.

Enquanto isso, Eduardo Sasha mantém-se como o atleta mais regular do ano e já com vaga cativa no time. Como alternativa, Valdívia tem demonstrado faro de gol jogo após jogo, marcou o quarto diante dos chilenos, logo após ingressar na etapa final.

E também há o caso dos experientes respaldados por Aguirre. Nilmar, por exemplo, nunca teve seu status questionado pelo comandante, embora só tivesse anotado uma vez em toda a temporada. Nesta noite, o centroavante desmontou a defesa adversária ao marcar dois gols. Enquanto isso, Jorge Henrique virou o jogador mais polivalente no meio-campo, aquele marca, arma e ataca, mas que deixa o protagonismo para os demais - sua permanência no clube foi um pedido de Aguirre, uma vez que o jogador estava prestes a se transferir para o Avaí. 

A partir de resultados, Aguirre deixou de receber questionamentos da diretoria ou receber pitacos na escalação. No início do ano, o presidente Vitorio Piffero chegou a sugerir a escalação de Anderson – a principal contratação da temporada. Hoje, o treinador ganhou autonomia e confiança da cúpula colorada.   
 
- Não é só a questão das trocas. O planejamento todo que era colocado em dúvida, hoje está demonstrando estar correto. Temos 16, 17, 18 atletas que podem entrar a qualquer momento. Se alguns não estão no seu nível mais elevado, vão ter tempo para recuperar - analisa o diretor de futebol Carlos Pellegrini.

Em uma sala de imprensa apertada e amontoada de jornalistas no estádio Nacional, o uruguaio manteve postura casual. Evitou empolgações com melhor rendimento do time na temporada. Seguiu com a postura serena, embora, claro, tenha valorizado a atuação com o placar elástico. Afinal, conseguiu a sonhada goleada, que já havia sido clamada em diversas coletivas anteriores no Beira-Rio. 

- É fundamental marcar gols, mas o mais importante é a atuação do time e como aconteceu tudo. Precisávamos de uma grande vitória e aconteceu. Era um jogo que estava faltando. Espero que continuem e que venham outras. Temos que nos preparar porque são jogos muito exigentes e precisamos continuar assim - frisou. 
 
Contra a La U, Aguirre completou a 22 partida a frente do Inter, com a 22 escalação diferente. E para o próximo final de semana, certamente colocará um time distinto para enfrentar o Brasil-Pel, no duelo de volta das semifinais do Gauchão. Afinal, esse é o agora elogiado estilo do comandante.  

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