O primeiro objetivo foi cumprido. O Inter garantiu a classificação às oitavas de final da Libertadores. Mas conseguiu ir além. Por meio de bons números, confirma a ascensão na temporada. Terminou a fase de grupos como o primeiro na chave, o melhor brasileiro, o terceiro melhor no geral e, de quebra, só fez menos pontos, em comparação com si próprio, do que a campanha vitoriosa de 2006. Igualou o desempenho de 2011, quando ficaria pelo caminho para, curiosamente, um time comandado por Diego Aguirre, o Peñarol.
A vitória por 1 a 0 sobre o The Strongest na última quarta-feira deu ao Colorado o título da Chave 4 com 13 pontos. Foram quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota, justamente para os bolivianos, nos 3,6 mil metros de altitude de La Paz logo na estreia, em que surgiram muitas críticas ao trabalho de Aguirre, bem como a estratégia por ele pensada.
O aproveitamento é alto, de 72,22%, e acaba sendo mais valorizado do que a queda de rendimento no segundo tempo diante dos bolivianos no Beira-Rio. Por pouco, não houve o empate. A derrota do Corinthians por 2 a 0 para o São Paulo, se colocou o Atlético-MG na rota vermelha, também levou o Colorado a ter a melhor campanha entre os brasileiros, com os mesmos 13 pontos e saldo do Timão, mas com mais gols marcados (13 a 9).
- Depois do 1 a 0 no primeiro tempo, mesmo com a mobilização no vestiário, acaba vindo um relaxamento natural. Mas cumprimos nosso objetivo, que era ficar em primeiro da chave. Terminamos com 13 pontos - valoriza o diretor de futebol Carlos Pellegrini.
- Tivemos jogos que não foram bons no começo, mas também fez coisas positivas para acabar em primeiro no grupo. Não é fácil. Acho que só dois ou três times tiveram um nível muito alto. O inter vem crescendo, pegando segurança - analisa Diego Aguirre, que sempre destaca a goleada da última quinta-feira, sobre a La U, por 4 a 0, no Chile.
O rendimento atual é igual ao de 2011. Na ocasião, o time defendia o título. Entretanto, nas oitavas de final, acabou eliminado. Após empate em 1 a 1 em Montevidéu, o Inter levou a virada em pleno Beira-Rio e perdeu por 2 a 1, acabando com o sonho do tricampeonato. O desempenho só não é superior ao que foi construído em 2006. Há nove anos, o grupo, então comandado por Abel Braga, fez 14 pontos, com quatro triunfos e duas igualdades, um rendimento de 77,77%.
Até em 2010, quando levou o bi, a campanha foi pior. Há cinco anos, o Colorado, que ainda tinha Jorge Fossati como treinador - ele seria substituído por Celso Roth antes das semifinais - fez 12 pontos, tendo um aproveitamento de 66,6%. A estatística leva em consideração apenas as campanhas a partir de 2006, quando o certame já tinha a vitória valendo três pontos.
Nas oitavas de final, Aguirre terá os incrementos de William e Lisandro López. A dupla será inscrita para a sequência da competição. Fabrício, que foi para o Cruzeiro, dá lugar ao lateral-direito, enquanto Bruno Gomes perderá sua posição para o centroavante gringo.
Antes de voltar a caminhada rumo ao tri da América, o Colorado volta a pensar no Gauchão. No domingo, disputa a primeira partida da final diante do Grêmio. O confronto começa às 16h na Arena.
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