Imagine Patric atuando como armador. Wendel jogando de zagueiro e Ewerton Páscoa de volante. Alternativas tão estranhas quanto Diego Souza de centroavante. Foi investindo nessas “criações”, que o técnico do Sport, Eduardo Baptista, ganhou fama de “Professor Pardal”, personagem de Walt Disney, conhecido projetar invenções das mais inusitadas. No entanto, diferentemente do famoso galo antropomorfo, os projetos do treinador rubro-negro têm dado resultado satisfatório.
No meio de campo, Páscoa chamou a atenção e virou destaque da equipe nas conquistas do Pernambucano e Copa do Nordeste. Jogando mais avançado, Patric foi decisivo na partida contra o Santos, marcando dois gols. Na defesa, Wendel foi bem contra o Botafogo, que sofreu para segurar Diego Souza, que estava como centroavante. As ideias, de acordo com Eduardo Baptista não são obras do acaso.
- É muita conversa, vídeo, treino no campo. Às vezes, temos uma semana livre e as pessoas se espantam porque a gente modifica muito o time durante a semana. No entanto, é nesse momento que eu posso testar aquelas ideias e no final de tudo a minha convicção junto com as dos meus auxiliares é o que define o time. Tudo é fruto de muito estudo.
Mas nem tudo são acertos. Embora tenha agrado o treinador em algumas situações, a utilização do lateral-esquerdo Danilo como armador e até mesmo como atacante não conseguiu convencer a torcida. Os erros, no entanto, são vistos com naturalidade por Eduardo Baptista.
- Lógico que algumas vezes não dá certo. Porém, só faço quando tenho a convicção de que dará certo, mas nem sempre é possível. O importante é que na minha cabeça eu sei que estou tentando acertar.
Tranquilo sobre as escolhas, o técnico Eduardo Baptista encara com bom humor as criticas e garante não ter receio de ser culpado em caso de possíveis erros.
- Não tenho medo do que vão falar ou do que acontecerá. Tenho medo de me omitir. Sempre vou procurar fazer as coisas com tranquilidade e tendo certeza que dará certo.
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