Mato Grosso, 28 de Março de 2024
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Invicto em 2014, Abel pode consolidar sua redenção na história dos Gre-Nais

07.11.2014
10:26
FONTE: G1

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  • Abel Braga em três momentos: 1989, 1995 e 2014
O destino foi astuto com Abel Braga. Ainda jovem, até um pouco inexperiente na função, o treinador se viu desafiado em dois clássicos na semifinal do Brasileirão de 1988. E não é que se deu melhor no Gre-Nal do Século, que ainda valia vaga na Libertadores? O problema é que, depois da glória máxima da virada sobre o maior rival num Beira-Rio lotado, acumulou fracassos em Gre-Nais. Uma ingrata fama que demorou a se descolar. Até 2014, quando Abel começou a virar o jogo. No próximo domingo, pode consolidar a reação e ainda colar no duelo particular com Felipão.

Abel precisou chegar a sua sexta passagem pelo Inter para, enfim, tirar de suas costas o duro peso de não ser bem sucedido em clássicos. Após empatar e vencer nas duas semifinais do Gre-Nal do Século, amealharia somente mais uma vitória, seis empates e cinco derrotas. Essa única vitória só sairia em 2006, num embate no Olímpico, pelo Brasileiro, com gol solitário de Iarley. 

Antes, naquele mesmo 2006, sofrera um dos mais duros golpes. Favorito e jogando no Beira-Rio, o Inter deixou o título estadual escapar com empate em 1 a 1 contra um Grêmio desacreditado e recém retornando da segunda divisão nacional. Preparador físico do Colorado na época, Paulo Paixão lembra a decepção, mas, ao mesmo tempo, a força de Abel para transformar dor em motivação - depois, seria campeão da América e do mundo.

- Eu disse para ele: “vem coisa boa para nós”. E veio. O Abel sempre foi muito organizado, escrevia tudo, chegava cedo nos treinos, colocava tudo no papel. Ainda mais em clássico. Sabe se preparar como poucos - recorda Paixão.

Mais vitória em um ano do que cinco passagens

Mais do que pensamento positivo, aplicação e organização, a redenção de Abel se expressa em números. Em quatro clássicos desde seu último retorno, neste ano, conseguiu três vitórias e empatou apenas um. Ou seja, antes de a temporada se encerrar, já venceu mais Gre-Nais do que em todas as suas outras cinco passagens. E, em quatro partidas, marcou nove gols, a mesma quantidade anotada entre 1989 e 2007. 

O primeiro jogo ficou empatado em 1 a 1, na Arena, com gols de Fabrício e Barcos. Também no estádio gremista, veio um dos grandes momentos. No duelo de ida da final do Estadual, o Colorado virou no segundo tempo, com dois de Rafael Moura, e se tornou o primeiro vencedor da nova casa do maior rival. No Centenário, na partida de volta, ainda mais consagração: uma goleada acachapante e histórica por 4 a 1 - fora a taça no armário. 

No início do ano, ainda antes do primeiro Gre-Nal, soterrado em desfavoráveis estatísticas, Abel tratava de minimizar os números e lembrar o clássico vencido em 1989:

- Números são feitos para serem quebrados. O mais importante de todos foi vencido por nós. com um jogador a menos, durante todo o tempo (Gre-Nal do Século).

E há mais uma maldição a ser extirpada. Além de um reencontro com a sua história no Inter, Abel pode igualar quem antes era um velho carrasco. Caso vença o duelo na Arena, empatará em número de triunfos com Felipão. 

A dupla se enfrentou em quatro Gre-Nais, com duas vitórias do gremista, um empate e um sucesso de Abel - este no último clássico, em 10 de agosto, pelo primeiro turno do Nacional. Até este ano, portanto, o colorado não havia batido Scolari e ainda perdera um Gauchão, em 1995, com o rival levando a campo uma equipe mista, conhecido como "Banguzinho". 

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