Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Esportes

Má campanha na Série A desconstrói imagem de intocáveis no Santa Cruz

28.09.2016
11:25
FONTE: G1

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  • Após falhas seguidas, Tiago Cardoso perdeu o posto de intocável
O poder que uma má campanha possui é capaz até de colocar em xeque quem antes era intocável. Prova disso foi o Santa Cruz neste ano. Figuras até então intocáveis e alçadas ao posto de ídolo agora vivem o outro lado da moeda. Primeiro, Grafite. Depois, Tiago Cardoso. A fase ruim de todo o time também foi refletida neles e o banco de reservas passou a ser uma realidade.

Grafite voltou ao Santa Cruz como popstar. Ainda tinha mercado no futebol brasileiro - recebeu propostas de clubes como Coritiba e Vasco - mas optou por jogar a Série B. Voltou ao Arruda, lotou estádio, fez crescer o número de sócios e conseguiu o acesso à Série A. Nesta temporada, venceu o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste. Começou o Campeonato Brasileiro de forma avassaladora, marcando seis gols nos três primeiros jogos. 

Porém, a má fase chegou. Depois dos seis nas três primeiras rodadas só vieram mais dois gols, o último deles marcado contra o Corinthians no dia 25 de junho. De lá até hoje, são três meses sem balançar as redes. Ao mesmo tempo, viu o substituto Bruno Moraes desandar a marcar (fez em quatro partidas seguidas). Aí, Doriva não teve dúvidas: colocou o camisa 23, campeão da Bundesliga, participante de uma Copa do Mundo, campeão mundial e da Libertadores, no banco de reservas.

Já Tiago Cardoso gozava do status de ídolo muito antes de Grafite. Afinal, foi peça fundamental no ressurgimento do Santa Cruz no cenário nacional. Chegou em 2011, quando o clube ainda buscava uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Conseguiu três acessos, quatro títulos pernambucanos (fez parte do grupo de 2015, mas não jogou por causa de uma lesão), além da Copa do Nordeste, título inédito na história do clube. As falhas começaram a ser constantes na Série A. O resultado: banco de reservas às vésperas da decisão na Sul-Americana.

- Sim, sem dúvidas. Eu conversei com João Lacerda (preparador de goleiros) também. A falha dele não é técnica, é de tomada de decisão mesmo. A falta de confiança gera essa ansiedade ou essa atitude. Ele não pode oscilar. Tem de ser arrojado em vários lances. Sabemos que ele vai dar a volta por cima tranquilamente. Vou tirar ele para preservá-lo e isso não vai apagar a história dele no clube e o torcedor também entende isso, explicou Doriva.

Logo após o jogo contra o Figueirense - derrota por 3 a 1 na Série A - Doriva constatou que era melhor preservar Tiago Cardoso. No dia seguinte, antes do treino começar, chamou o goleiro em um canto e falou da decisão. O atleta aceitou, apesar de não ter sido reserva por opção técnica em nenhum momento nos cinco anos de clube.

- Falei que o respeito que tenho por ele é grande. Chegou a um ponto que eu tinha de tomar essa atitude, mas não era pessoal. Era por causa do momento que ele estava vivendo - disse Doriva.

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