Marcelinho Paraíba vestiu a camisa do Joinville, arrancou aplausos, sorriu e agora espera. Após defender o Inter de Lages no Campeonato Catarinense, precisa esperar o início da Série A do Campeonato Brasileiro para fazer sua estreia com a veste tricolor. Até lá, vai se adaptar ao novo clube e se adequar aos princípios do JEC em campo. O treinador Hemerson Maria avisou: não vai ter “privilégio”.
É que o jogador que completa 40 anos no próximo mês tinha liberdade em campo quando pelo Colorado Lageano. O técnico Marcelo Mabília permitia que Marcelinho atuasse sem função predeterminada, solto em campo. Algo que não vai se repetir no JEC.
- Temos que respeitar a individualidade do atleta, mas não posso exigir que ele marque como o Naldo, e nem que o Naldo finalize como Marcelinho (risos). Na filosofia que temos aqui e é implementada enquanto estamos aqui, e espero que continue aqui, o Marcelinho tem que marcar como qualquer jogador, sem privilégio. Entenda-se que marcar não é chegar junto, dar carrinho, é também ocupação de espaço – descreveu o treinador.
O jogador reconhece que o futebol que pretende apresentar não será uma cópia fiel do que mostrou no Campeonato Catarinense.
- Cada treinador tem uma maneira de trabalhar. Nos clubes em que passei e trabalhei respeitei a todos. Estou pronto para seguir como deve ser no Joinville, fazer o que o Hemerson Maria pedir. Não tem problema, gosto de ajudar na marcação. Não sou como o Naldo, de roubada a bola e da pancada, mas volto para ajudar, para recompor o meio de campo. Vou ajudar – afirmou o veterano.
Marcelinho vai ter outra responsabilidade também. O técnico tem no jogador um candidato à referência dentro do elenco tricolor, e tece elogios pelo que pode ofertar ao Joinville.
- É um jogador com característica diferente, um meia agudo, que define, chuta, tem bola parada e é experiente. As informações que tenho do dia a dia e profissionais são as melhores. Eu converso muito com o Cleber Santana (meia do Criciúma), um dos poucos amigos que tenho no futebol, e ele elogiou muito o Marcelinho Paraíba pelo período em que jogaram juntos no Sport. O Marcelinho puxa fila no treino, e acho que isso mostra a longevidade, por isso não chegaria em alta com 40 anos. Ele vai ter oportunidade, vamos dar condições e esperamos que ele seja feliz conosco – afirmou.
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