Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
Esportes

Medellín se pinta de verde e branco para receber nova final de Libertadores

26.07.2016
09:42
FONTE: Jorge Natan, em Medellín, Colômbia

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  • Camisas do Atlético Nacional são "moda" em Medellín nesta semana

Os Paisas, como são chamados os nativos da região de Antioquia, na Colômbia, têm entre suas características o forte orgulho de sua terra. Por isso, a cidade de Medellín vem deixando bem visível sua empolgação ao receber sua segunda final de Copa Libertadores na história, sendo colorida pelo verde e branco do Atlético Nacional na expectativa pelo duelo decisivo contra o Independiente del Valle. A final será realizada nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília) – o SporTV transmite ao vivo.

Às vésperas da decisão, é possível ver muitos (muitos mesmo) torcedores do Atlético desfilando com a camisa do clube pela cidade – principalmente na última segunda-feira, quando 3 mil fãs organizaram uma caravana para ir até o CT do clube, na cidade vizinha de Guarne, acompanhar o último treino aberto antes da decisão. Também há diversos outdoors inflamando a torcida pela cidade, inclusive na área de desembarque do Aeroporto Internacional José María Córdova.

Além do jejum de 27 anos sem levantar a taça mais importante do continente, pesa para a empolgação o fato da cidade ter “desperdiçado” as duas chances que teve de celebrar essa glória com seu clube mais famoso. Campeão da Libertadores em 1989, o Atlético também fez o jogo de volta daquela decisão como mandante, mas precisou realizar a partida na capital Bogotá. Na época, o estádio Atanasio Girardot contava apenas com seu anel inferior, tendo capacidade para apenas 34 mil torcedores – enquanto o Nemesio Camacho, palco daquela partida contra o Olimpia, permitia a entrada de cerca de 50 mil pessoas (as más línguas dizem que o clima de perigo pelo poder do narcotráfico também influiu na mudança de local).

Depois, o Atanasio Girardot passou por duas reformas: uma para ganhar um anel superior, em 1991, e outra para se adequar a padrões da Fifa para receber o Mundial sub-20, em 2011. Neste meio tempo, recebeu sua primeira decisão da Libertadores, em 1995, mas viu boa parte de seus habitantes (exceto os torcedores do Independiente) amargar um empate em 1 a 1 com o Grêmio, que havia vencido o primeiro jogo por 3 a 1, em Porto Alegre, e levou o título.

Ajustes para a decisão

Na última segunda-feira, o estádio começou a ficar com a cara da decisão, recebendo diversos cartazes e faixas com a identidade visual da Taça Libertadores. A Conmebol dar um tratamento diferente à parte interna do estádio, colocando seu emblema e os escudos dos dois times envolvidos no jogo. A partida da próxima quarta-feira foi apelidada de "final do Centenário", fazendo referência à comemoração do aniversário da confederação - também comemorado com uma edição especial da Copa América.

Além dos detalhes para deixar os corredores no clima da final, o estádio em Medellín vem recebendo outros pequenos ajustes: pintura das marcas de patrocinadores ao redor do gramado, limpeza das colunas externas. O palco para a entrega da taça ao campeão segue sendo montado por operários. 

Enquanto isso, a visita guiada às instalações segue aberta ao público normalmente, com boa procura do público. Com entrada gratuita, o tour passa pelas arquibancadas e vai até o gramado, passando por um dos vestiários visitantes - o que será utilizado pelo Independiente del Valle nesta quarta, que, curiosamente, tem as cores preto e azul. Pertencente à prefeitura, o Atanasio Girardot também é a casa do Independiente de Medellín, que, assim como o Atlético, conta com um vestiário exclusivo - e outro para as equipes que enfrenta. 

Cambistas cobram caro

Ao redor do palco da final de quarta-feira, cambistas se misturam aos frequentadores do complexo esportivo onde fica o estádio – um grande parque que ainda tem três ginásios para a prática de basquete, ginástica e lutas e uma pista de atletismo. Ao caminhar ao redor do Atanasio Girardot é possível ser abordado mais de 10 vezes por pessoas diferentes perguntando por “boletas”. Nas mãos dos cambistas, os ingressos para a arquibancada sul (ponto tradicional do Atlético nos clássicos contra o Independiente) custam até 600 mil pesos colombianos (R$ 654).

Na parte externa do estádio também funciona uma loja oficial do Atlético, que vem recebendo bom movimento nesta semana. Lá dentro, camisas oficiais do clube custam 170 mil pesos colombianos (R$ 185), enquanto a personalização pode custar até 40 mil pesos colombianos (R$ 43) a mais. De acordo com o responsável por colocar nome e número nos uniformes, os mais queridos pela torcida são o meia Guerra (camisa 18) e o volante Mejía (camisa 13) – escolhido pelo fã Estebán, de 17 anos. 

Para concorrer com a loja oficial há perto do estádio diversos vendedores de produtos “alternativos”, com preços bem inferiores. Em uma das barracas, por exemplo, uma bandeira grande sai por 38 mil pesos colombianos (R$ 41), enquanto uma camisa custa 36 mil pesos colombianos (R$ 39).

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