Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Esportes

Menos posse, mais objetivo: Grêmio apresenta novo estilo com Renato

26.09.2016
09:04
FONTE: G1

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  • Renato dá orientações ao setor ofensivo
Um dos primeiros diagnósticos nos bastidores do Grêmio após a saída de Roger Machado foi que o time precisava de menos posse de bola e mais competitividade e objetividade para atacar. A vitória contra a Chapecoense, neste domingo, na Arena, foi exatamente isso: o primeiro capítulo de uma mudança que não acontece da noite para o dia, mas claramente foi um pedido do técnico Renato. O Tricolor apresentou uma versão mais objetiva dentro de casa para retomar a confiança antes das quartas da Copa do Brasil na quarta-feira, contra o Palmeiras.  

– Depende muito do jogo, mas o mais importante de tudo são os três pontos. O Barcelona às vezes tem 70%, 75% de posse de bola e não ganha o jogo – avisou Renato. 

Não quer dizer que o Grêmio deixou de trocar passes e articular no jogo de apoio. Mas alguns expedientes antes não vistos, como lançamentos e bolas longas, passaram a ser utilizados com mais frequência pelo Grêmio de Renato. O recurso é exatamente isso, um recurso. Mas com Roger o time trocava mais passes – com o auxiliar James Freitas como interino, na derrota para o Fluminense, por exemplo, foram 473 passes trocados, enquanto contra a Chape foram 391. 

Além dos lançamentos mais longos, a defesa também passou a jogar simples. Se não há opções simples de passe, descarrega-se a bola para frente. Em dado momento, a Chapecoense criou oportunidade justamente em erros na saída de bola, com Walace e Jailson. Por isso, o resguardo – contra o Fluminense, o gol dos cariocas também saiu em uma jogada semelhante.

O gol gremista saiu justamente em um contra-ataque bem arquitetado. Pedro Rocha iniciou a jogada e acionou Walace na ponta esquerda. O cruzamento do volante encontrou o atacante dentro da área. Em poucos toques, as redes balançaram depois de cinco jogos de jejum. 

– Nós temos que ser objetivos e pragmáticos. A regra do futebol premia quem faz mais gols que o adversário. Não premia quem tem mais posse de bola, quem fica mais tempo no campo do adversário. Mas não quer dizer que o Grêmio precisa jogar feio. Acho esse estilo pragmático ideal, e se puder fazer um bom jogo ótimo, maravilhoso. Mas primeiro é o objetivo de vencer os jogos – destacou o vice de futebol Adalberto Preis. 

Na formatação do time, não há muitas mudanças. As peças estão dispostas de maneira semelhante como Roger fazia. Um 4-2-3-1 que defende em duas linhas de quatro. Luan e Pedro Rocha nas pontas e Henrique Almeida e Douglas mais adiantados, mas em uma linha mais recuada. E esse ponto também é diferente: a marcação foi mais “baixa” contra a Chapecoense, dentro do campo do Grêmio e próximo de sua área. O time foi compacto e deixou poucos espaços, sem vazar tanto pelos lados. 

Depois, no fim do jogo, mais uma troca, que também já fora pensada em outros momentos por Roger, mas muito colocada em prática por Renato em 2013: a entrada de um terceiro zagueiro para deixar o time mais seguro. Foi assim quando Rafael Thyere entrou em campo ao lado de Geromel e Wallace Reis. Os contra-ataques passaram a ser até mais perigosos, com Guilherme e Luan perdendo chances de ampliar o placar. 

– Eu acho que a gente precisava muito da vitória. A Chapecoense é bem organizada. A gente conseguiu fazer o gol, diferente dos outros jogos. Saímos na frente, não estávamos conseguindo. E em alguns, não fazíamos e sofríamos. Conseguimos, tivemos uma proposta mais defensiva tentando explorar os contra-ataques, uma forma mais direta para matar o jogo. Não foi possível, mas saímos com a vitória – completou Marcelo Grohe. 

Em dois jogos, Renato tem uma derrota, mas com classificação na Copa do Brasil, e a retomada das vitórias. O próximo desafio será contra o Palmeiras na quarta-feira, nas quartas de final da Copa do Brasil, após encerrar o jejum de sete jogos. O jogo ocorre às 21h45, na Arena. 

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