A dor que o mundo do futebol está sentindo pelo acidente com o voo da Chapecoense nunca vai se apagar. Talvez o tempo possa amenizar e dar força a todos para seguir em frente. A tragédia que matou 71 pessoas, incluindo jogadores, membros da diretoria e da comissão técnica, jornalistas e tripulação mexeu muito com Mano Menezes, técnico do Cruzeiro. Entre todos os mortos, um deles era especial. Caio Júnior, treinador da Chape, era um amigo de longa data do treinador gaúcho, que ficou muito emocionado ao falar dele.
- Eu senti o que todas as pessoas sentiram. Primeiro uma incredulidade, por ter visto as pessoas numa grande felicidade horas antes, por uma temporada muito boa, de estar na final da Sul-Americana, e logo, algumas horas, depois receber a notícia que as pessoas não estariam entre a gente. Foi muito duro.
Principalmente por causa do Caio. Na minha primeira equipe profissional, o Caio foi o centroavante. Foi ele quem me indicou para o Paulo Autuori para meu estágio aqui no Cruzeiro. Ele faz parte da minha vida profissional, com muita intensidade.
Orações e respeito
Mano Menezes pede orações e muito respeito às famílias neste momento de muita tristeza.
- É a primeira vez que a gente fala oficialmente sobre isso. Foi muito duro pra todos nós. Uma tragédia que atingiu todos os segmentos que envolvem o futebol brasileiro. A gente está sem chão. É inevitável voltar e lembrar momentos que se passaram. O mais importante nessa hora é rezar, respeitar as pessoas que ficaram imensamente mais tristes que a gente. Eles perderam familiares e nós colegas de profissão e amigos. Realmente foi muito duro.
O treinador cruzeirense falou também sobre o que o Atlético Nacional e o povo de Medellín fizeram, na noite desta quarta-feira, no Estádio Atanásio Girardot.
- Foi algo bonito em um momento muito triste. De respeito, consideração e irmandade entre os povos. De mostrar pra gente que o esporte é maior que pequenas coisas que a gente se envolve. Faz a gente repensar muito sobre as coisas que fazemos todos os dias.
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