Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Esportes

Mulher de Fernandão se surpreende com apoio colorado: "Não imaginava"

20.07.2014
15:54
FONTE: G1

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  • Fernanda e os filhos foram ao Beira-Rio em dia de homenagens
Torcedores colorados se reuniram horas antes do apito inicial para Inter x Flamengo neste domingo para fazer uma caminhada com bandeiraço e cânticos em homenagem a Fernandão, morto em acidente de helicóptero em 7 de julho, no interior de Goiás. Um apoio que, desde o dia na tragédia que também matou outras quatro pessoas, surpreendeu a mulher do ídolo, Fernanda Costa. Ao lado dos filhos Enzo e Eloá, ela viajou a Porto Alegre para acompanhar as demonstrações de caminho no Beira-Rio. Sabia que o tributo ocorreria, mas da maneira como ela viu.

- Sempre soube que ele era muito querido, ele também sabia. Mas nunca imaginei que fosse assim. esperava que fossem fazer alguma coisa, mas não tão grande - disse Fernanda após ler uma carta de agradecimento ao clube, aos jogadores e à torcida colorada.

Emocionada desde as primeiras palavras, Fernanda falou com a imprensa sentada na bancada da sala de conferências onde ocorrem as entrevistas dos jogadores, técnico e dirigentes. Em meio aos dois filhos, segurou as lágrimas até a última pergunta. Ao fim da manifestação, quando o local já estava vazio, chorou. No momento, conversava com o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto. A perda do marido ainda é recente, faz pouco mais de um mês. 

Ao chegar ao Beira-Rio, Fernanda viu a aglomeração de colorados no entorno com as demonstrações de carinho a Fernandão. Ao lado do estádio, ela também acompanhou a movimentação no memorial criado por torcedores, com um painel repleto de mensagens ao ídolo e presentes diversos. 

Todo esse carinho faz ela pensar em, no futuro, voltar a morar em Porto Alegre. É um lugar onde ela e os filhos se sentem bem, como declarou na entrevista.

- Ainda converso com os dois, meus filhos, eles gostam muito daqui. A Eloá é muito colorada, o Enzo também. Eles têm amigos aqui. Mas isso precisa ser conversado, porque agora somos nós três. Tenho vontade de vir, mas ainda não sei como tudo vai se desenrolar, é tudo muito recente - destacou.

Fernandão voltava de helicóptero de sua casa em Aruanã, cidade no interior de Goiás, localizada a 315 km de distância da capital, na madrugada de 7 de junho, quando ocorreu o acidente. Junto com ele estavam mais quatro amigos, que também não sobreviveram à queda: Edmilson de Souza Leme (vereador de Palmeiras de Goiás), Antônio de Pádua, Lindomar Mendes Vieira (funcionário da fazenda) e o piloto, identificado como Milton Ananias. 

Segundo a Polícia Civil, a aeronave levantou voo da fazenda que pertencia a Fernandão por volta de 1h e caiu segundos depois sobre um banco de areia (uma pequena praia de água doce) às margens do rio Araguaia, capotando diversas vezes. O ex-jogador chegou a ser levado para o hospital da cidade com sinais vitais, mas morreu pouco depois.

 Fernandão foi sepultado na tarde de domingo, em Goiânia, sob aplausos e homenagens. No adeus, esteve cercado de amigos, familiares e admiradores. 

Fernanda diz que optou pelo velório e pelo sepultamento em Goiás em respeito aos familiares. Hoje, comovida com todo o apoio em Porto Alegre, 

- Depois do que se passou, no mesmo dia um telefonema chegou a mim, com alguém do Inter perguntando se eu queria trazer o (corpo do) Fernando. Não imaginava que seria assim. Hoje, se eu pudesse voltar atrás, traria - salientou. - Não trouxe em consideração aos pais dele, foi a primeira coisa que pensei, não podia tirar ele do lado dos pais. Agora vendo isso  tudo, nossa. Passamos ali, todo mundo cantando, só tenho a agradecer - completou.

A mulher de Fernandão ainda pensa se fará algum projeto em nome do marido. Se alguma iniciativa vier a ser criada, será com crianças. Segundo ela, o marido era apaixonado por crianças.

- A gente pensa, sim, em aproveitar isso, mas ainda não sei como. Com certeza faríamos algo para as crianças, tem os amigos do meu filho, da minha filha, eles conheceram quem foi o Fernando, e ele era muto especial com as crianças. Brincava, rolava no chão, jogava bola, foi técnico dos meninos. Ele era uma criança fora daqui, quando tirava aquela responsabilidade toda. Uma criança muito feliz, e que estava em um momento maravilhoso - descreveu.

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