Após 321 dias como superintendente de futebol do Figueirense, Rodrigo Pastana deixa o cargo com o sentimento de missão cumprida. Na despedida, o dirigente deixa de lado divergências dentro do clube, troca de farpas com setores de oposição da atual diretoria e descontentamentos da torcida para exaltar as campanhas da equipe durante o período em que esteve na função. De acordo com Pastana, o Alvinegro é, hoje, um clube melhor do que era no primeiro semestre de 2013.
- Eu cheguei, era terra arrasada. Hoje somos campeões catarinense e estamos na primeira divisão (do Brasileirão). Não temos nenhum problema em departamento de futebol, nem com a diretoria. Temos, sim, um ano político (eleições), onde algumas pessoas querem aparecer e falam inverdades. No futebol, tem muita mentira que vira verdade de tanto que é falada e repetida. Eu adoro o Figueirense, agradeço, tenho grandes amigos aqui, me deu oportunidade de alçar outros voos – disse à rádio CBN/Diário.
A saída de Rodrigo Pastana nada tem a ver com a chegada do técnico Argel Fucks, segundo o próprio. Com a demissão de Guto Ferreira, o novo treinador assumiu a equipe poucos dias antes do dirigente desligar-se do Alvinegro.
- De forma alguma, isso é bobagem. O Argel é um amigo, tinha contato com ele desde a época do Guaratinguetá. Personalidade forte, a gente tenta motivar o grupo, não tenho nada contra o Argel. A gente se fala há muito tempo, a única coisa que a gente não tinha era a oportunidade de trabalhar junto. Durou pouco, eu achei uma melhor situação para o momento atual, que é sair do clube – comentou Pastana.
Pouco antes de sua saída, o dirigente enfrentou turbulências no clube. Em recente desentendimento com o então vice-presidente, já desligado do cargo, Rodrigo Passoni, Pastana respondeu veementemente as acusações de “acúmulo de poder” no clube. Para o ex-superintendente de futebol, o momento do Figueirense é de esfriar o debate político e focar as atenções na Série A do Campeonato Brasileiro, competição em que briga para fugir da zona de rebaixamento.
- A política faz parte, mas esse é um ano que o clube precisa se manter na Série A, precisa achar uma unidade e isso, infelizmente, não está acontecendo. Tem algumas pessoas torcendo contra. O Figueirense é uma instituição muito boa, bem administrada e organizada. Quando as pessoas tem essa avidez pelo poder, o mandato é complicado. Imagino o quanto esteja difícil para o Wilfredo (Brillinger, presidente) lidar com tudo isso – encerrou.