Mato Grosso, 29 de Março de 2024
Esportes

O bom filho a casa torna: atrás de reforços, Inter prioriza repatriar ídolos

25.05.2012
09:41
FONTE: GLOBOESPORTE.COM

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  • Pentacampeão do mundo pela Seleção, zagueiro Lúcio está de saída da Inter de Milão

Na busca pelo tetracampeonato do Brasileirão, o Inter segue atrás de reforços para qualificar ainda mais o grupo de Dorival Júnior. Entre os nomes em pauta, estão os dos atacantes Nilmar e Luiz Adriano e do zagueiro LúcioAlexandre Pato, que ajudou o time a conquistar o Mundial em 2006 e que atualmente defende o Milan, também foi sondado.

O fato mostra uma curiosidade que toma corpo no Beira-Rio. Os dirigentes colocam na lista de prioridades jogadores que conheçam os meandros do clube e tenham feito história com a camisa colorada. O vice de futebol Luciano Davi reconhece que gostaria de ver o pentacampeão do mundo pela Seleção em 2002 protegendo Muriel:

– Como torcedor, meu sonho é que o Lúcio viesse encerrar a carreira no Inter.

Desde que a gestão Fernando Carvalho assumiu o poder, em 2002, essa estratégia tem sido seguida. André foi ídolo colorado na segunda metade dos anos 90. O goleiro chegou ao auge em 1997, quando esteve na Seleção Brasileira. Em 1999, acabou negociado com o Cruzeiro. Retornou ao clube gaúcho em 2003. Mas, em sua segunda passagem, não recebeu tantas oportunidades e ainda foi vitimado por uma das piores lesões da carreira, ao quebrar o antebraço esquerdo em dois locais.

Assim como o goleiro, o companheiro de posição Renan, além de Christian, Daniel Carvalho, Fabiano Eller e Gavillán não corresponderam às expectativas e oscilaram de rendimento em sua volta ao Beira-Rio. O centroavante, revelado pelo Inter, viveu sua melhor fase em 1997, ao regressar após quatro anos em Portugal. Ficou até 1999 – como o grande nome da equipe –, até ser vendido ao PSG. Em 2007, novamente no Colorado, teve atuações discretas e não se firmou como titular. Já Eller até esteve na conquista da Libertadores de 2010, mas não exibiu o brilho de 2006, quando era um dos protagonistas do time de Abel Braga.

Renan permanece no clube. Repatriado no segundo semestre de 2010, estava entre os 11 na conquista do bi do principal torneio continental, no mesmo ano. No entanto, alternou altos e baixos e foi considerado um dos culpados pela derrota para o Mazembe, pelas semifinais do Mundial de Clubes, no final daquela temporada. Em 2011, começou como reserva, mas recuperou a posição e se tornou um dos símbolos do título do Gauchão, ao defender três pênaltis. Com a indefinição se continuaria ou não no Beira-Rio (estava emprestado pelo Valência), viu Muriel assumir a camisa 1 e não perder mais.

Se o sexteto acima não repetiu sua trajetória positiva, BolívarRafael SobisTinga e Nilmar comprovaram importância e talento no Inter. O primeiro deles foi Nilmar, que retornava ao lar após duas cirurgias no joelho pelo Corinthians. O atacante já havia se destacado com a camisa colorada entre 2002 e 2004. As arrancadas e o faro de gols do atacante inflaram o ego dos torcedores.

Após um início tímido, ele mostrou que sua qualidade permanecia intacta. Ao lado de Alex e D'Alessandro, foi o grande artífice da conquista da Copa Sul-Americana (2008). Em 2009, ainda protagonizou um dos gols mais bonitos da temporada. Na estreia colorada contra o Corinthians pelo Brasileirão, em pleno Pacaembu, driblou vários adversários até estufar as redes. Em julho daquele ano, o então presidente Vitório Píffero o negociou com o Villareal, da Espanha, deixando órfãos os torcedores até a consagração de Leandro Damião, no ano passado.

Bolívar, apelidado de General em sua primeira passagem pelo Beira-Rio, quando foi um dos expoentes da conquista da Libertadores em 2006, seguiu sua saga a partir de 2008. Ajudou o time a vencer, entre outros, a Sul-Americana (2008) e o bi do maior torneio sul-americano (2010). Capitão colorado, recebeu a honra de levantar a taça continental. O camisa 2, atualmente reserva, se consolidou como a principal liderança do vestiário.

Em 2010, junto com Renan, o Inter trouxe um pacote com mais dois ídolos: Tinga e Sobis, ambos campeões da Libertadores em 2006. A dupla teve seu retorno marcado por lesões. Nada que os impedisse, porém, de disponibilizar sua qualidade técnica aos colorados.

O atacante, assim como ocorreu no certame continental quatro anos antes, novamente anotou em decisão de Libertadores. Diante do Chivas, fez o primeiro gol colorado no Beira-Rio (o Inter venceu por 3 a 2). Já o volante, recém-negociado com o Cruzeiro, durante os quase dois anos no regresso ao Colorado, manteve a mesma intensidade, a precisão no passe e se solidificou como  treinador do time dentro de campo.

Enquanto busca seus ídolos, o Inter também mira em outras frentes. Com apenas Nei de lateral-direito, o clube ainda vasculha o mercado atrás de mais um jogador para a função. O zagueiro Neto, do Guarani, está sendo avaliado pela cúpula vermelha. Outro jogador para o setor defensivo estudado pela direção é Felipe Santana, do Borussia Dortmund.

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