Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Esportes

Patrulha e proteção: Rodrigo Caetano trabalha nos bastidores rubro-negros

29.07.2015
09:10
FONTE: G1

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  • Rodrigo Caetano é peça de peso na reestruturação do Flamengo
Rodrigo Caetano não curte redes sociais por ser avesso ao compartilhamento de informações de sua vida pessoal e de seus comandados. Ser patrulhado é realmente algo que impede o diretor executivo do Flamengo de levantar o polegar de forma positiva. Bloqueia esse tipo de coisa por ser extremamente protetor consigo, atletas e familiares. O WhatsApp, muito popular entre os boleiros, não joga no time de Caetano, que trata os famoso "print" como adversário. Mas patrulha está na origem desse gaúcho de 45 anos, nascido em Santo Antônio da Patrulha. Patrulhar, portanto, é uma de suas principais funções, e os alvos são plurais: manifestações de atletas, condições de trabalho, acesso da imprensa a treinos fechados e até mesmo postagens da própria esposa. Há 10 anos atuando somente em clubes grandes na função que ajudou a fortalecer dentro do futebol, Rodrigo revela quais atribuições exerce um diretor executivo e garante: não está restrito a contratações, tema sobre o qual sofre a maior cobrança.

 - Dentro de um organograma do futebol, esse executivo está no topo da pirâmide e para o grande público e vocês da imprensa é somente o responsável por contratar atletas, rescindir contratos e assim por diante. Mas vai muito além disso. Nosso trabalho é de uma gestão total do departamento de futebol, incluindo base, gestão de pessoas, controle de orçamento e participar de planejamento. E, dentre tantas atribuições, há também a de montar elenco. Não é apenas isso, e nós muitas vezes somos julgados por isso. Há todo esse trabalho de melhorar práticas de gestão, procedimentos e até qualificar melhor a estrutura do clube. Isso que vai viabilizar as conquistas, mas muitas vezes a grande maioria não tem prazo - afirma, temeroso.

O dirigente acredita que sua categoria está sofrendo com a mesma impaciência direcionada a treinadores. Diante disso, crê que determinados profissionais, pressionados por respostas instantâneas, acabam optando por provocar rombos nos clubes e, consequentemente, e arruinar planejamentos bem feitos. 

- Nós estamos entrando numa situação muito perigosa, em que os gestores estão entrando naquele curtíssimo prazo de resultados em que os técnicos são avaliados. Daqui a pouco o executivo, se induzido a esse tipo de situação, o que vai acontecer? Será que esse profissional vai querer seguir à risca o orçamento e correr o risco de não estar aqui? Ou muita vezes sendo mais ousado e comprometendo as finanças para que tenha o resultado imediato. Nós temos alguns exemplos aí em que situação após a saída de um executivo pode ser comprometedora. Esses profissionais precisam ter tranquilidade para trabalhar. A relação com a diretoria estatutária (leia-se presidente e vice-presidentes) tem que ser muito clara. Quando você é contratado, é preciso saber para que te contrataram. Se for somente resultado esportivo, aí entra num conflito de ideologia.

Em conversa que teve duração de um tempo e mais três minutos de acréscimos, Caetano elegeu como maior bônus da profissão o fato de ter sido agente fundamental para a consolidação da mesma. Estudou e se qualificou para alcançar destaque, mas aponta o passado dentro das quatro linhas como a mola mestra para o sucesso. O ônus maior é a distância do time que mais orgulha de comandar, formado por Fernanda (esposa), Martin e Levi (filhos, que têm 7 e 1 ano respectivamente). A equipe, inclusive, será reforçada em novembro por Bento. 

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