Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
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Paz entre Maurício e Obina no Verdão foi selada no chuveiro, revela zagueiro

24.06.2016
10:20
FONTE: G1

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Sete anos depois de se envolver em uma briga com o atacante Obina, quando ambos jogavam no Palmeiras, o zagueiro Maurício revelou uma história de bastidor da confusão que até hoje permanecia inédita. Em 18 de novembro de 2009, os ex-palmeirenses trocaram socos no gramado após o fim do primeiro tempo de partida contra o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro. O conflito aconteceu porque o atacante acusou o zagueiro de ter falhado no primeiro gol do rival (a partida terminou 2 a 0). Eles foram separados pelos companheiros de time, acabaram expulsos e, no dia seguinte, afastados do elenco. 

– No lance do gol do Grêmio, fizeram jogada ensaiada no escanteio, que era para o Obina estar marcando. Deram a bola para o Maxi Lopez. Eu fui em cima do Maxi e ele chutou rápido. O Obina veio reclamar comigo. Eu falei: "Antes de você reclamar, deveria ter marcado e não marcou". Ficamos discutindo. Acabou o primeiro tempo. Ele veio em minha direção e aconteceu – conta Maurício, atualmente no Lazio, da Itália. 

A história que permaneceu inédita é a do encontro entre os dois nos chuveiros do vestiário do estádio Olímpico, em Porto Alegre, e de como a briga do campo acabou em gargalhada por causa da marcação de um segurança do clube, que ficou vigiando a dupla temendo novo confronto. 

– No vestiário, tirei a roupa, bravo para caramba, e fui tomar banho. O Obina entrou no chuveiro do lado. O segurança não saiu do meu pé o tempo todo. Eu estava puto. Olhei para o segurança e disse: "Pô, na moral, você é gay? Tem um negão ali e eu aqui e você fica nos vendo tomar banho? Ninguém é moleque aqui, ninguém vai brigar". O Obina começou a dar risada e mandou o cara ir embora. O segurança saiu. Eu e o Obina nos olhamos e começamos a dar muita risada. Falamos: "Que besteira fizemos. Ferramos os caras (outros jogadores)". Ali a cabeça já tinha esfriado e percebi o que tínhamos feito – revela o zagueiro.

Dos 13 anos que Maurício permaneceu no Palmeiras, entre idas e vindas, a briga com Obina é a história mais lembrada. Desse período, porém, o jogador não esquece do trio formado com Denílson e o lateral Leandro, apreciador de muita zoeira fora de campo. O zagueiro ganhou o apelido de "Zé Gatão" dos amigos, já que é bem vaidoso.

A farra com o atacante pentacampeão do mundo quase colocou Maurício em apuros. Em 2008, o zagueiro tinha acabado de subir ao profissional quando foi levado para uma roda de pagode por Denílson. A bronca veio no dia seguinte, dada pelo treinador Vanderlei Luxemburgo.

– Denílson gostava de um pagode. Esse cara ficava me tentando levar para os lugares. Ele ficava falando que eu era bonito e que queria me levar para eu chamar a atenção das mulheres e ele dar a ideia. Me usar de isca mesmo. O Luxa ficou sabendo que tínhamos ido a um pagodinho à tarde e deu uma dura forte na gente. Disse que se não fôssemos bem, não jogaríamos mais com ele – relembra.

Maurício quase retornou ao Brasil no começo do ano. Ele revela que recebeu sondagem do Flamengo, a pedido de Muricy Ramalho, porém deseja permanecer na Europa por mais seis anos. Na Itália, o zagueiro não deixa de acompanhar o futebol brasileiro, principalmente o Palmeiras. Fã do time atual do Verdão, acredita que Gabriel Jesus ainda não está pronto para atuar na Europa. 

– Espero que ganhe esse Brasileirão, porque falta ao Palmeiras. A torcida merece, é guerreira, sempre apoia. Os jogadores tem que estar fechados com treinador e diretoria para trazer o caneco. Acho que dá para ganhar, até pela evolução que vi do ano passado para esse. Espero que o Gabriel Jesus não saia. Está um pouco cedo para ele ir para Europa. Ele não está totalmente maduro – finaliza Maurício. 

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