Fábio está prestes a acrescentar, mais uma vez, o nome na história do Cruzeiro. Se realizar mais três partidas, será o goleiro que mais atuou pelo clube celeste. Em meio a tantos momentos especiais e títulos, ele revelou, nesta quarta-feira, que nunca sonhou em ser jogador de futebol. Segundo ele, o sonho, que é da maioria dos meninos, não passou pela cabeça quando corria atrás da bola em Nobres, no Mato Grosso.
- Quando comecei a jogar futebol, no interior do Mato Grosso, nunca sonhei ser jogador. Joguei bola em todos os momentos da infância, escolinha, mas nunca demonstrei em palavras que queria ser jogador. Jogava porque gostava e cresci em um time amador, que era do meu pai. Mas ganhei o dom de jogar, trilhando o caminho, com empenho, dedicação, esforço e respeito, cheguei aqui. As coisas aconteceram da forma natural e estamos aí prestes a completar essa marca.
O goleiro já realizou 555 partidas com a camisa azul estrelada, dois a menos que Raul Plassmann. Está a uma partida de se tornar o quinto jogador que mais atuou pelo Cruzeiro. Se jogar contra o São Paulo, no domingo, diante do Cerro Porteño-PAR, na próxima quarta-feira, e contra o Atlético-PR, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, o jogador passará a ser o camisa 1 com mais jogos pelo clube celeste.
O goleiro celeste disse que, quando criança, não pensava no futuro e em qual profissão gostaria de seguir, apenas em brincar. Fábio se tornou um goleiro de alto nível e um dos recentes ídolos da torcida cruzeirense. Mas, mesmo tendo atuações de destaque com a camisa do Cruzeiro, o jogador teve poucas chances na Seleção.
Perguntado frequentemente sobre a situação, Fábio manteve a serenidade e disse que ainda não foi o momento de ser chamado.
- Não era o meu momento, mas o importante é o reconhecimento, a minha tranquilidade, a paz que tenho. A cada jogo tento fazer o melhor para o Cruzeiro, para os torcedores, isso me dá tranquilidade, com o trabalho bem feito. Mas tento buscar melhorar também e é isso que busco no meu dia a dia, no melhor nível atuação possível, isso que me tranquiliza. Se for da vontade dele, serei chamado, se no for, só tenho que agradecer a Deus por me tirar do interior do Paraná, de um time que disputava a Terceira Divisão do Brasileiro e com muito trabalho e dedicação, conseguir carreira tão longa, quase 10 anos no Cruzeiro, que é referência no mundo todo.
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