Mazola é uma das peças que pode desequilibrar para o Figueirense na final do Campeonato Catarinense. O atacante, que por vezes pode atuar mais recuado, gosta do drible, do encontro e também de falar. Em entrevista coletiva, o jogador alvinegro passou a limpo sua passagem pelo clube e, principalmente, o que antecedeu seu sim ao time de Florianópolis.
O ano era 2014, e em funções de problemas de saúde da mãe, Eliana, decidiu deixar a China e voltar ao Brasil. Parado, ficou três meses em casa, engordou e, quando menos esperava, recebeu o convite do Figueirense. Aceitou a ideia e passou outros 90 dias até receber uma oportunidade do técnico Argel Fucks. Paciência para entrar em forma e aguardar a chance recebida.
- Eu cheguei da China, onde passei mais de dois anos e cheguei no Brasil, minha mãe estava doente. Eles queriam que eu voltasse, era um bom dinheiro, mas tomei a decisão de não voltar, lá é difícil. Resolvi ficar e fui ficando, um, dois, três meses parados. Eu engordei, sete quilos acima, e o presidente e o Cleber Giglio me ligam para me levar. Eu aceitei, vim acima do peso e até emagrecer, tinha um time de atacantes, eu vi que ia precisar de paciência. Fiquei treinando quieto, comendo pelas beiradas e demorou mais três meses para ter a primeira oportunidade. Esse ano comecei com o pé direito e de todos os grupos que passei, esse é o melhor, sem dúvida - disse o jogador.
O título do Catarinense, disputado a partir de domingo, pode ser o primeiro de Mazola no Brasil. Revelado pelo São Paulo, o atacante quer entrar para a história e garante dedicação nos duelos contra o JEC, principalmente depois de temer sua participação na final - foi julgado por expulsão na última quarta-feira.
Mazola quer algo mais: acabar de vez com a fama de cai-cai. Pela característica do drible, está em constante choque com os zagueiros adversários. O atacante garante que não tenta cavar faltas, mas depois de pedidos do técnico Argel vai tentar se manter mais em pé.
- Todo mundo fala para eu ir para cima, não ter medo. Se eu erro uma vez vou para cima, se eu erro de novo vou para cima. E eu sou procurado em campo, não caio de propósito, eu sou forte. Eu fiquei um pouco marcado pela arbitragem pelo fato de cair. O Argel falou para eu evitar cair, que eu estava visado. Estou cobrando de mim também.
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