O presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, revelou que fracassou na contratação do atacante Adriano. Em entrevista ao programa Camarote PFC, do canal Premiere, o dirigente admitiu erros com o jogador de 32 anos que, segundo ele, não teve forças para se recuperar e voltar ao futebol. Atualmente o Imperador está prestes a fechar com o Le Havre, da segunda Divisão da França.
- Nós tivemos um episódio muito bem sucedido com o nosso goleiro (Rodolfo), que tinha problemas com antidoping, e o recuperamos, o menino está completamente recuperado. Então houve uma solicitação do Adriano porque era o único clube com estrutura e condições, fora do eixo Rio-São Paulo, para dar uma chance. Nós realmente nos sensibilizamos. Esse erro foi meu, porque essa decisão foi minha. Conversei com ele, ele se mostrou um bom rapaz, um cara espetacular, com bom coração, gente de alto nível, mas infelizmente ele não teve a força suficiente. Iniciou muito bem, mas depois não teve força suficiente para se manter fora da dependência - afirmou o presidente.
Adriano está sem jogar desde o dia 8 de abril, quando deixou o Atlético-PR, seu último clube. Após dois anos longe do futebol, o atacante chegou ao Furacão em dezembro e assinou contrato em fevereiro. Durante a passagem, aprimorou o condicionamento físico, atuou em apenas quatro jogos e anotou um gol, pela Libertadores da América. Porém, acabou tendo o contrato rescindido
Indagado se acredita na recuperação do atacante, Petraglia foi enfático.
- Não, não tem a menor condição - resumiu.
Na sequência, o presidente do Furacão explicou que tentou recuperar o jogador em sua passagem pelo clube, oferecendo ajuda médica e toda a estrutura necessária, mas que o jogador teria relutado.
- Ele reluta muito, tem uma auto defesa forte nesse sentido, não acredita muito nesse caminho. Mas nós tentamos, nossa área médica é forte, nosso vice-presidente tem uma clínica de recuperação no PR e é especialista nesse tipo de problema psicológico, mas não foi possível.
O presidente ainda voltou a citar que o clima no grupo rubro-negro piorou após a chegada do atacante, no final de 2013, com alguns jogadores não respeitando o então técnico Miguel Ángel Portugal, e que a passagem do jogador pelo CT do Caju trouxe problemas com outros jogadores.
- Nós fracassamos né, e o ambiente com o fracasso nos trouxe problemas. Não digo que seja culpa dele, mas aí com regalias, os meninos nossos, você cria diferenças dentro do grupo, e não foi produtivo - pontuou.
Em janeiro, Petraglia disse que Adriano teve uma "recaída” no Atlético-PR quando o jogador faltou a uma reapresentação após passar alguns dias no Rio de Janeiro. Na ocasião, o presidente usou palavras carinhosas para defini-lo, como "bom menino, de alma pura e frágil emocionalmente.
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