O quarteto ofensivo do Atlético-MG, que tanto deu o que falar em 2013, já não é mais o mesmo – literalmente, já que Bernard deu lugar a Fernandinho pouco depois da conquista da Taça Libertadores. Mas na atual temporada o rendimento dos homens responsáveis pelos gols atleticanos vem deixando a desejar, principalmente nos momentos em que o time mais precisa.
Do quarteto formado por Jô, Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho e Fernandinho, o primeiro é o único que vem mantendo o desempenho da última temporada. O camisa 7 demonstra vontade em se tornar novamente artilheiro da Libertadores, além de manter o pique até a convocação final do técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, no dia 7 de maio, para a disputa da Copa do Mundo.
O caso de Diego Tardelli é uma incógnita. Não se sabe se as remotas chances de defender o Brasil no Mundial ou a vontade de retornar ao Qatar, demonstrada ao fim da temporada passada, podem ser as causas pelo futebol abaixo do que ele pode render. Mas o desempenho do camisa nove do Galo nem de longe lembra o futebol que o alçou à condição de ídolo da torcida alvinegra.
Na atual temporada, apenas dois gols marcados nos 45 minutos de lampejos de boa atuação – no segundo tempo contra o América-MG. Tardelli coleciona atuações fracas, e no primeiro jogo da decisão do Mineiro contra o Cruzeiro, no Independência, chegou a perder a melhor chance do Galo ao chutar para fora com o goleiro Fábio já batido, dentro da pequena área.
Fernandinho chegou a cair nas graças da torcida com boas atuações e um gol marcado no clássico contra o Cruzeiro que deu a vitória ao Galo pelo returno do Brasileirão 2013. Mas no Marrocos, depois de o clube travar uma luta para colocá-lo em condições de jogo para a disputa do Mundial de Clubes, o jogador teve atuação discreta. De lá para cá, ele abusou das chances perdidas, além de atuações irregulares. Chegou a fazer um bom jogo contra o Nacional-PAR, em Ciudad del Este, mas não conseguiu ajudar o time a sair com a vitória e viu o Galo empatar em 2 a 2.
Mas a grande decepção do ano vem sendo Ronaldinho Gaúcho. Curiosamente, após retornar de lesão que o tirou dos gramados por dois meses, marcou quatro gols em três jogos. Mas o problema muscular de 2013 não vem sendo o motivo para o atleta pouco aparecer este ano. Visivelmente sem ritmo de jogo desde que terminou a pré-temporada, em janeiro, o camisa 10 foi poupado da maioria das partidas do Campeonato Mineiro. Na Libertadores apareceu mais com o nome de respeito para os torcedores adversários.
R10 marcou apenas um gol, de pênalti, nos nove jogos que disputou no ano. Mesmo assim, num jogo que terminou empatado por conta de uma penalidade perdida por ele, diante do Nacional-PAR, no Independência.
No quesito que mais se espera do jogador, as assistências, os números da temporada também não são animadores. Apenas duas, no escanteio cobrado para a cabeçada de Jô – na estreia da Libertadores, contra o Zamora-VEN, na Venezuela – e o passe para Josué empatar a partida contra os paraguaios em Ciudad del Este. Improvisado na lateral esquerda, o meia Dátolo, por exemplo, tem quatro assistências no ano.
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