Oito treinadores passaram pelo Náutico nos últimos dois anos, o que dá uma média aproximada de um novo comandante a cada três meses. Na atual temporada, Lisca e Sidney Moraes antecederam a chegada de Dado Cavalcanti, tratado como prioridade pela diretoria para 2015. O objetivo é apostar em um trabalho a longo prazo, por isso a necessidade de dar continuidade.
Em 2013, Alexandre Gallo iniciou a temporada, mas deixou o clube em janeiro para assumir
as divisões de base da seleção brasileira. Depois, passaram pelo Náutico Marcelo Martelotte, Jorginho, Zé Teodoro e Silas - além dos interinos Sérgio China e Levi Gomes. Este ano, Dado Cavalcanti encerrou a dança das cadeiras.
- Claro que a continuidade de Dado representa menos erros no ano que vem. O planejamento vai ser feito em cima do que ele viu e, juntos, iniciaremos a base para 2015. Quando um treinador começa de um ano para outro, é o ideal. Estamos conversando com ele aos poucos. No fim da Série B deveremos ter algo mais concreto - afirmou o diretor de futebol Paulo Henrique Guerra.
Mesmo sem ter acertado a renovação, o atual comandante alvirrubro tem feito reuniões para discutir a montagem do elenco de 2015. Com voz ativa nas discussões em relação à formação do novo elenco, os integrantes da comissão técnica têm sido valorizados por Dado nas negociações com os dirigentes.
- Por isso peço a valorização dos membros da comissão técnica. São eles que ficam em meio às mudanças de treinadores - afirma o técnico.
Dado já superou a média de permanência das últimas temporadas. Chegou ao clube em agosto e superou a marca de Marcelo Martelotte, que dirigiu o Náutico na reta final da Série A de 2013, por pouco mais de três meses.
- Participo efetivamente das discussões, até porque sou parte integrante de tudo o que acontece neste fim de ano. Mas não posso ter a definição de tudo. O departamento de futebol tem que saber o que está acontecendo para não tomar decisões equivocadas. Essas reuniões passam por isso também. Para que haja o feedback da comissão técnica. A palavra do treinador é importante, mas o Náutico não pode depender disso. Chega um treinador, traz 20 jogadores, aí vai embora. Depois chega outro e traz mais 30 - alertou.
ENVIE PARA UM AMIGO
