Passada mais da metade da Série B do Campeonato Brasileiro, o Santa Cruz não se encontrou no torneio depois de retornar após seis anos distante. A irregularidade é uma constante desde o início da competição, quando empatou as sete primeiras partidas. Depois de encontrar o caminho das vitórias, não impôs mais a boa sequência de três triunfos seguidos ocorrida nos três últimos confrontos antes da paralisação do evento por conta da Copa do Mundo. Outro problema tem sido a imaturidade do elenco em jogos que sai na frente do placar. Pouca experiência destaca pelo técnico Sérgio Guedes no início da competição.
Até agora, o Santa Cruz entrou em campo 22 vezes. Em dez, teve a vantagem e a oportunidade de conquistar os três pontos, mas os deixou escapar. Nos empates por 1 a 1 contra ABC, Paraná, Icasa, Oeste e América-MG, os tricolores marcaram primeiro e os adversários igualaram no final.
A situação foi pior na partida contra o Vasco, pela 11ª rodada. Danilo Pires marcou o primeiro gol, mas os cariocas fizeram quatro em sequência. Resultado: virada com goleada por tabela. Outro confronto simbólico ocorreu na última terça-feira, diante do Luverdense. A derrota por 2 a 1 expôs ainda mais o problema crônico do time. Mesmo saindo na frente, os tricolores foram presas fáceis na etapa final e só não perderam de mais por conta da má pontaria dos adversários.
Antes do Luverdense, teve o encontro com o Paraná. E a dor foi maior. Wescley colocou o Santa Cruz na frente do placar aos dois minutos do primeiro tempo, mas os curitibanos empataram. Léo Gamalho recolocou o Santa na frente, mas um apagão, nos minutos finais, fez com que o Paraná marcasse mais dois e ficasse com os três pontos. No fim, os tricolores até "fizeram" o de empate, mas o lance lícito foi anulado erradamente pela arbitragem. Não bastasse o apagão, faltou sorte.
Pela 13ª rodada, o Santa Cruz recebeu o Ceará no Arruda e durante a partida deu a entender de que mudaria a história, mas, no fim, não teve jeito. Os cearenses saíram na frente, os tricolores viraram com gols de Wescley e Léo Gamalho, mas novamente bateram cabeça, levaram outros dois e ficaram sem ponto. Outra reação frustrada foi diante do Vila Nova, quando esteve atrás do placar duas vezes, empatou em ambas, mas foi vazado e amargou outra queda seguindo o mesmo ritual.
A sequência de insucessos do Santa Cruz chateia o técnico Sérgio Guedes, que tem conversado com o elenco diariamente sobre o assunto.
- A gente conversa o tempo todo e, quando tem uma vantagem, precisamos nos portar bem e resolver. Temos que ter a vantagem e saber administrá-la melhor.
No geral, o Santa Cruz poderia ter conquistado 30 pontos nesses dez jogos, mas somou, como castigo, apenas cinco.