Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
Esportes

Santa Cruz mostra preferência por continuar na disputa da Copa do Brasil

27.05.2016
11:40
FONTE: G1

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Ao vencer a Copa do Nordeste, o Santa Cruz garantiu a pré-vaga nas duas próximas edições da Copa Sul-Americana - 2016 e 2017. Só que, no que depender da presidência do clube, não vai ser desta vez que o Tricolor vai disputar um torneio internacional, inédito na história do clube. O presidente Alírio Moraes disse que o desejo dele e do vice-presidente Constantino Júnior seguir avançando de fase na Copa do Brasil. Se derrotar o Vasco, pela terceira fase da competição nacional - as datas não foram definidas -, a Santa Cruz perde o lugar na Sul-Americana.

- Estou com Constantino Júnior aqui na minha frente e a gente tem uma simpatia muito grande, mas é só uma simpatia, do clube disputar a Copa do Brasil - disse Alírio Moraes, por telefone.

O regulamento da CBF é confuso, mas coloca clubes na corda bamba. Quem optar pela Copa Sul-Americana não pode avançar às oitavas de final da Copa do Brasil - tem de ser eliminado até a terceira fase. Por isso, o rival Sport deixou claro, através de uma nota oficial no site, que tinha desejo de disputar a competição internacional. Assim, acionaria um time reserva no torneio nacional. O Leão foi eliminado na primeira fase, diante do Aparecidense, de Goiás. A visão do Santa Cruz é oposta, embora o martelo não tenha sido batido.

Caso escolhesse a Copa Sul-Americana, seria a primeira vez na história que o Santa Cruz iria disputar uma competição chancelada pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol). Haverá uma reunião com a comissão técnica, mas o treinador Milton Mendes disse que tudo será decidido em conjunto.

Segundo o presidente Alírio Morais, o Santa Cruz enfrentaria problemas de logística. Com um elenco reduzido, não dá para pensar na Copa Sul-Americana neste momento, deixou claro.

- É um torneio que tem sua relevância e sabemos de nossas carências no time, em um sentido de um número mais limitado de jogadores. Então ,disputar um torneio internacional implicaria em uma logística, uma estrutura de planejamento muito grande, e o Santa Cruz tem de ter consciência dos passos que está dando para dar esses passos bem dados - disse Alírio Morais.

A diretoria não fala os motivos da preferência de viva-voz, mas não se sabe como o time estará na Série A quando a Sul-Americana começar. Se continuar bem no Campeonato Brasileiro e priorizasse a "Sula", uma equipe mista poderia atuar em algumas partidas do Brasileirão. A força máxima seria usada na competição internacional. Mas o futuro é imprevisível. E, na visão da diretoria, o elenco é mínimo - conta com 34 atletas.

Outro motivo: os números frios mostram rentabilidade na Copa Sul-Americana. Mas, na realidade, nem sempre é assim. A logística é mais difícil e custa mais aos clubes. Na Copa do Brasil, a CBF dá uma ajuda de R$ 5 mil para despesas e 23 passagens aéreas. A Conmebol não oferece nada. Um valor de mais de R$ 600 é gasto por atleta em um dia de viagem. Em traslados internacionais o número fica maior. Aumenta-se mais se for pensar em toda a delegação.

- Eu diria a você que vamos disputar o jogo contra o Vasco para ganhar, para vencer, para passar de fase. Temos de partir com tudo. Mas isso não está definido porque temos de sentar para conversar com nosso pessoal de operação e logística para definir - disse o presidente Alírio Moraes.

As longas viagens são outro entrave. Se na reta final da temporada o time estiver disputando a permanência na Série A, terá de encarar jornadas longas entre um jogo da Sul-Americana e outro da Série A. Na Copa do Brasil, as viagens, teoricamente, são mais curtas porque - pelo menos na teoria - os grandes clubes nacionais costumam avançar no mata-mata. O Santa não teria de se deslocar a cidades muito distantes.

Por seguir na Copa do Brasil, o Santa Cruz já lucrou, só por participação, R$ 420 mil. Depois, mais R$ 480 mil - por ir à segunda fase - e R$ 660 mil, por avançar à terceira fase. Apesar da premiação da Sul-Americana ser paga em dólar, foram desembolsados US$ 2,235 milhões ao campeão em 2015. Com uma cotação atual de R$ 3,61, ficou na casa de R$ 8 milhões. A Copa do Brasil paga R$ 9 milhões.

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