O fim de ano do Santos não está sendo como torcida, jogadores e dirigentes gostariam que fosse. Fora da Copa do Brasil e sem objetivos no Campeonato Brasileiro, o Peixe vive outras dificuldades: salários atrasados, eleições para presidente emperrando negociações, jogadores em fim de contrato... Tudo isso tem desmotivado os torcedores, mas os atletas garantem que querem voltar a vencer, o que não acontece há nove jogos, para tentar terminar a temporada da melhor maneira possível.
Como o estatuto do clube não permite venda e compra de jogadores três meses antes das eleições, marcadas para o dia 6 de dezembro, muitos jogadores ainda não sabem como vai ser 2015. Vladimir, Rildo, Bruno Uvini, Jorge Eduardo, Neto, Vinicius Simon e Renato, por exemplo, têm contrato até o dia 31 de dezembro e aguardam a mudança de gestão para saberem se ficam ou se saem. Nem o técnico Enderson Moreira, que tem vínculo até dezembro de 2015, sabe como vai ser seu futuro. Vale ressaltar que não há propostas para nenhum atleta do elenco.
No segundo semestre deste ano, também, além das indefinições, outra coisa virou rotina: atraso salarial. Os vencimentos de setembro, que deveriam ser pagos no quinto dia útil de outubro, demoraram a cair na conta dos jogadores. Agora, o problema se repetiu, e os atletas ainda não receberam o pagamento referente a outubro. O presidente Odílio Rodrigues, nesta semana, admitiu o atraso, mas disse que os demais funcionários não são afetados pela dificuldade financeira.
Enquanto isso, dentro de campo, o time também não vai nada bem. A última vitória foi no dia 19 de outubro, diante do Palmeiras, por 3 a 1, no Pacaembu. Desde então, a equipe comandada por Enderson Moreira foi eliminada da Copa do Brasil e zerou as chances de chegar à Libertadores através do Campeonato Brasileiro.
Logo, acabaram os objetivos dos santistas no ano. Apesar disso, o discurso dos jogadores é praticamente igual: todos dizem que querem voltar a vencer, porque a sequência negativa tem incomodado o elenco.
- Temos de fazer o melhor para honrar essa camisa vitoriosa. Não podemos ficar 10 jogos sem vencer. Não temos feito jogos ruins para merecer perder. Contra São Paulo, Cruzeiro, Fluminense, merecíamos ganhar. Temos de quebrar essa sequência negativa. Temos de quebrar isso com vitórias. Vamos tentar dar um alento para quem entrar no ano que vem (nova diretoria) ter confiança nos jogadores que vão permanecer - disse o zagueiro Neto, em entrevista coletiva.
Fora de campo, porém, os bastidores estão a mil: cinco chapas disputam o poder do Santos. Na última terça-feira, o orçamento para a próxima temporada aprovado pelo Conselho Deliberativo do Peixe, durante reunião agitada na Vila Belmiro. O objetivo da atual gestão é ter superávit de R$ 712 mil e arrecadar R$ 47 milhões com venda de jogadores, mas tudo pode mudar por causa do resultado das eleições.
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