São Fábio! Goleiro opera milagres no Morumbi e dá alento para classificação

Quando o assunto é São Paulo e Cruzeiro, nos últimos anos, os holofotes se voltam para Rogério Ceni e Fábio. E, pelo lado celeste, no jogo de ida das oitavas de final da Taça Libertadores, a escrita foi mantida. Fábio é quem mais levou gols do goleiro tricolor: sete. Assunto que, nitidamente, incomoda o arqueiro celeste nas vésperas de jogos entre as duas equipes. Dessa vez, parecia que o camisa um da Raposa queria se vingar. Se dependesse dele, Rogério Ceni e companhia sairiam insatisfeitos do Morumbi.

A atuação do camisa um cruzeirense foi para ninguém colocar defeito. Mas, infelizmente para os torcedores celestes, incapaz de evitar a derrota por 1 a 0 no jogo de ida das oitavas. O Cruzeiro precisa vencer por dois gols de diferença para passar às oitavas. Caso vença por 1 a 0, a Raposa levará a decisão para os pênaltis no Mineirão, na próxima quarta-feira.

No primeiro tempo, foram duas defesas dignas de destaques nos noticiários esportivos. Fábio foi no canto inferior esquerdo buscar a cabeçada de Centurión, quase no pé da trave. Na segunda, espalmou com a mão esquerda uma cabeçada de Pato, no contrapé. Dois milagres que fizeram com que o time de Marcelo Oliveira descesse para o vestiário sem a meta sofrida.

Se não marcou lá na frente, a Raposa, pelo menos, conseguiu levar para o segundo tempo o empate que, fora de casa, é excelente em se tratando de Libertadores. Na segunda etapa, Reinaldo resolveu testar Fábio de longe, já que, dentro da área, o arqueiro estava impecável. O lateral são-paulino soltou a bomba, e o capitão do Cruzeiro espalmou. Quando a bola passou, o travessão estava lá para ajudar no rebote de Pato. 

Não faz (todos) os milagres

O argentino Centurión, em mais uma cabeçada, dessa vez à queima-roupa, levou novamente perigo. Fábio espalmou para cima. E ainda espalmou chute de Ganso, que desviou na defesa. Pegava até pensamento no Morumbi o camisa um celeste. Mas a defesa do Cruzeiro não contribuía. E, pelo alto, Centurión conseguiu vazar Fábio. Por ironia do destino, a bola era mais fácil do que todas que haviam ido no gol. Mas a atuação do camisa um é para ser comemorada como um gol fora de casa para os cruzeirenses, já que, se não fosse ele, a Raposa poderia ter ficado praticamente fora da competição ainda no primeiro jogo.