Às vésperas de realizar o sonho de disputar uma Olimpíada no Brasil, as meninas da seleção brasileira de ginástica rítmica têm bons motivos para acreditar que podem alcançar uma vaga entre as finalistas. Isso porque as notas do conjunto evoluem a cada competição. Na última etapa da Copa do Mundo, disputada no início do mês, na Espanha, elas conquistaram a maior nota deste ciclo olímpico: 17.150 no arco e nas maças. Nas cinco fitas, a pontuação foi de 15.850. A perspectiva é de que, com 33.000 pontos na soma das duas apresentações, o Brasil consiga estar entre as oito melhores seleções na Rio 2016, feito alcançado pela última vez nos Jogos de Atenas em 2004.
- A gente estava esperando muito pelos 17. A gente está muito feliz e mostrando que estamos no caminho certo, dando um passo de cada vez e subindo a nossa nota. A Olimpíada tá batendo na porta já. Então é continuar trabalhando duro até o fim. A gente tá bem ansiosa e treinando forte, de dez a doze horas por dia pra fazer bonito nos Jogos Olímpicos na nossa casa- disse a ginasta Jéssica Maier.
Nos Jogos de Pequim, em 2008, o Brasil ficou na 12ª colocação. Em Londres, há quatro anos, não conseguiu sequer a classificação. De lá para cá, houve um grande trabalho de aperfeiçoamento da execução das séries, com estágios em países que são referência na modalidade e com treinadoras estrangeiras integrando a comissão técnica brasileira para colaborar com este aperfeiçoamento.
Antes de disputar a Olimpíada do Rio de Janeiro, o conjunto brasileiro ainda terá uma agenda cheia de competições para cumprir fora do país. São três no total. De 01 a 03 de julho, as meninas disputam o Berlim Masters, na Alemanha. Em seguida, elas vão competir em mais duas etapas de Copa do Mundo. A primeira acontece de 08 a 10 de julho, em Kazan, na Rússia. A segunda é entre 22 e 24 de julho, em Baku, no Azerbeijão. As convocadas são Beatriz Pomini, Emanuelle Lima, Francielly Pereira, Gabrielle Silva, Jéssica Maier e Morgana Gmach.
A técnica da seleção brasileira de conjunto, Camila Ferezin, comemorou bastante essas novas marcas do conjunto brasileiro e disse que o grupo está focado no constante aprimoramento da execução dos movimentos para manter as boas notas.
- Foi o resultado de todo esse trabalho que a gente vem fazendo. Muito treino, muitas horas dedicadas a isso e nesses últimos dias nós estamos muito focadas na execução. Quanto melhor a execução, melhor vai ser a nossa nota. A gente não esperava mas a nota veio e eu espero que na Olimpíada a gente consiga também - disse Camila Ferezin.
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