Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
Esportes

Sem "capacidade financeira", Flu aposta em criatividade por reforços

29.08.2014
09:41
FONTE: G1

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  • Mário Bittencourt deu entrevista no Maracanã para informar a situação do clube
Quem não tem dinheiro, contrata com criatividade. É assim que o Fluminense tentará transformar tentativas fracassadas em bem sucedidas para reforçar o time visando a disputa do Campeonato Brasileiro e da Sul-Americana. Ao menos cinco negociações ficaram pelo caminho. E outras duas estão em compasso de espera: o zagueiro Neto, do Santos, e o lateral-direito Marcelinho, do América-RN.

A complicada situação financeira é a principal alegação do departamento de futebol tricolor para a dificuldade de contratar. A Unimed, patrocinadora do clube, encerrou o investimento em 2014 – à exceção do acordado de R$ 15 a R$ 20 milhões em direitos de imagem. As penhoras das receitas da televisão, a necessidade de pagar o acordo trabalhista e o recente ingresso no Refis geram um déficit mensal de R$ 200 mil. Conclusão: não há nada nos cofres das Laranjeiras.   

- Não tem onde criar mistério. As pessoas não querem saber como funciona uma negociação. Vocês (repórteres) sabem? Todas começam no 0 a 0. E a gente só vai fazer o que tivermos dinheiro para fazer. Não temos capacidade financeira - disse um sucinto Mário Bittencourt, vice-presidente de futebol do Flu, na saída do Maracanã, quinta-feira à noite, após a vitória sobre o Goiás pela Sul-Americana.   
Só com a insistência no tema que o dirigente mudou a postura e passou a dar mais detalhes. Para ele, a solução é ser criativo.   

- Temos um parceiro de 15 anos, e o contrato é discutido a cada ano. Essa discussão é dos presidentes, do clube e da patrocinadora. A parceria passa por algumas dificuldades, mas isso não significa que a gente esteja mais fraco. Por isso, existe a necessidade de criatividade. Fazemos esforço em 2014 para termos melhor situação em 2015. Hoje, temos a folha do futebol, a folha dos funcionários, a folha do ato trabalhista e a folha do Refis. Isso tudo gera dificuldade financeira. Não porque quebrou, mas porque a gestão quer reerguer o clube. Ao invés de estarmos sendo exaltados por isso, é o pão e o circo: vamos encher o clube de jogador e ver como paga depois - disse, para completar:   

- Não vou mentir. A situação não é ótima. Não faço propostas milionárias. Tentamos envolver jogadores, trocar percentual de direitos, manter o direito do clube que pode ceder alguém. Não temos a capacidade financeira, mas somos vitrine. Somos um time que vai brigar pelo título e uma boa vitrine. Isso pode gerar valorização no futuro.   

Wellington Nem, Magno Alves, João Filipe, André Bahia e Juninho foram as tentativas sem sucesso do Flu. Agora, o foco está em Neto e Marcelinho.   

- Negociação em andamento, só isso que eu posso falar. Apenas essas duas negociações em andamento. Não temos previsão - encerrou Mário.   

O prazo para inscrever jogadores no Brasileirão termina em 3 de outubro. Na Sul-Americana, é possível trocar nomes a cada fase.

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