Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Esportes

Vagner lamenta erros no Palmeiras: "Poderia ser eu no lugar do Jailson"

16.01.2017
10:25
FONTE: G1

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Vagner tem a sensação de que desperdiçou a maior chance de sua vida. Após fazer boa campanha pelo Avaí em 2015, o goleiro foi contratado pelo Palmeiras para ser o reserva imediato de Fernando Prass. No ano passado, o ídolo da torcida se machucou e abriu as portas da meta alviverde. Então...

Em três jogos no Brasileirão, Vagner não foi bem, como ele próprio admite, e acabou perdendo a vaga para Jailson, que se tornou o xodó do time campeão brasileiro. 

– Foi um ano de várias emoções. Começou com o nascimento do meu primeiro filho e a chance de estar em um dos maiores times do Brasil. A expectativa era absurda. Prass se machucou e tive a oportunidade. Era complicada a responsabilidade de substituir Prass dentro do Palmeiras. Joguei. Não fui bem. Fiquei frustrado comigo. Foi uma das oportunidades da minha vida e tive insegurança. Poderia ser eu no lugar do Jailson. Mas quem sabe daqui dois, três anos não possa ser? – afirma o goleiro.

O arqueiro atuou pelo Palmeiras no momento de maior instabilidade da equipe no Brasileirão. Esteve na derrota em casa por 1 a 0 para o Atlético-MG – quando teve boa atuação –, no revés por 3 a 1 para o Botafogo e no 1 a 1 com a Chapecoense. Na última partida da sequência, falhou no empate com a equipe catarinense. Então, Cuca decidiu sacá-lo após ter dito publicamente confiar em seu goleiro.

– Não ficou mágoa do Cuca. Ele conversou comigo e disse que tinha que dar uma sacudida no time para ver se melhorava. Acabou colocando um cara experiente no gol (Jailson tem 35 anos; Vagner, 27), que fez grande estreia. Ali que o time deu uma alavancada. Ele fez a coisa certa no momento. Tinha que pensar no Palmeiras. Fiquei chateado comigo mesmo por não ter tido um desempenho melhor em campo. Fiquei uns dias bem cabisbaixo – confessa.

Sobre as lições que aprendeu, Vagner cita trabalhar arduamente e nunca desistir. Os aprendizados foram tomados dos próprios goleiros que estavam ao seu lado. Apesar da disputa por posição, o arqueiro cita que a amizade permaneceu após as mudanças.

– A relação com o Jailson ficou a mesma coisa. Lógico que queria estar jogando, mas não consegui. Fiquei feliz demais pela história do Jailson. A amizade só aumentou. Começamos a concentrar juntos. Aprendi que devo estar preparado sempre. Não falo nem por mim, estava treinando. Prass mostrou que não pode deixar de sonhar. Teve a primeira convocação, ainda mais para a seleção olímpica, aos 38 anos. O Jailson jogou a primeira Série A aos 35. São exemplos de vida que tive no Palmeiras. 

Vagner iniciou o ano passado como o segundo goleiro e acabou como quarta opção da posição. Quando acreditou que teria nova chance de demonstrar seu potencial, contra o Santos, após Jailson ser suspenso pelo terceiro amarelo, Cuca decidiu escalar o jovem Vinícius para o clássico. Nesses momentos, Vagner se apegou cada vez mais a família, principalmente ao filho Isaque, que completou um ano no último 7 de janeiro. 

Para 2017, Vagner terá um novo desafio: será o goleiro do Mirassol no Paulistão. O arqueiro quer ter continuidade e, quem sabe, conquistar o Paulistão pela equipe do interior, assim como foi com o Ituano em 2014. 

– O Prass me mandou mensagem esses dias para saber como eu estava, se tinha achado time. Ele sempre me deu bons conselhos. Quero jogar o Paulistão em alto nível pelo Mirassol. É um desafio novo. O foco é total para fazer uma grande competição. Vai que Deus abençoa e não consigo mais um título? Depois do Paulistão, não sei se volto para o Palmeiras ou se serei emprestado de novo. Eu quero jogar – conclui o goleiro. 

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