Oito técnicos se mantêm em seus cargos desde o início do Campeonato Brasileiro: Abel Braga (Inter), Cristóvão Borges (Fluminense), Eduardo Baptista (Sport), Mano Menezes (Corinthians), Marcelo Oliveira (Cruzeiro), Muricy Ramalho (São Paulo), Ricardo Drubscky (Goiás) e Vagner Mancini (Botafogo). Os sete primeiros não tiveram a experiência de passar uma rodada sequer no Z-4. Já Mancini esteve lá nas últimas seis e em outras sete.
A situação dele não é única apenas nesta edição. Desde 2003, primeiro ano dos pontos corridos, nenhum outro time na zona de rebaixamento após a 31ª rodada tinha o mesmo treinador com que começara o campeonato.
Entre os que reforçam a estatística dos demitidos, está o próprio Vagner Mancini. Ele começou o Brasileirão de 2011 pelo Ceará e deixou o cargo na 23ª rodada, quando ocupava a 15ª colocação. Estevam Soares era o dono do posto na 31ª rodada, já no Z-4. A troca não evitou o rebaixamento.
Mancini, técnico do Botafogo desde abril, só é um exemplo único na história dos pontos corridos porque não teve seu pedido de demissão aceito pelo presidente do Botafogo. Foi no início do mês, quando Maurício Assumpção anunciou a rescisão de contrato de Emerson Sheik, Bolivar, Júlio César e Edilson em meio a um ambiente de turbulência, com atraso de salários e críticas públicas de jogadores à direção.
- O Mancini, quando conversou comigo, colocou o cargo à disposição. Disse que respeitava minha decisão como funcionário. Não aceitei. Se tem uma pessoa que pode inverter a situação é ele - disse o dirigente na ocasião.
O Botafogo, 17º colocado, terá uma difícil missão na tentativa de sair do Z-4: enfrenta o líder Cruzeiro às 17h de domingo.
Veja abaixo a relação dos times que ocupavam a zona de rebaixamento, seus técnicos no início e a essa altura do campeonato. Vale lembrar que só a partir de 2006 houve 20 participantes e que em 2003 era um Z-2, e não um Z-4.
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