Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Esportes

Velho Luxa abre a caixinha e diz: "Passei a ficar bom em um mês"

23.09.2014
09:26
FONTE: G1

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  • Em foco: Luxemburgo analisa o momento da arbitragem no Brasil.
Vanderlei Luxemburgo rejeita rótulos e elogios de que mudou, melhorou, de que está apenas de olho no campo e bola. Ledo engano. O técnico do Flamengo frisa: aos 62 anos, está a mesmíssima coisa. Em pouco mais de uma hora de conversa – sendo 14 minutos de papo informal e 48 de entrevista –, o velho Luxa mostrou-se na sua essência: discorreu sobre tudo que o futebol envolve – jogos, arbitragem, racismo, clubes, estrutura. Falou palavrões pontuais, gargalhou, gesticulou. Questionado sobre ter um cara como Romário no seu time, não titubeou: "Queria dez".

Depois de oito meses longe da beira do campo, Luxemburgo voltou. E para o Flamengo. Aceitou o desafio de tirar um time limitado do rebaixamento, mesmo que seu contrato não tenha sido assinado até hoje. O treinador não coloca isso como problema. Os problemas mesmo estão numa caixinha virtual criada por ele mesmo. 

– Tudo o que acho coloco dentro dela, pois não é momento de eu discutir o que acho. No momento certo, abro a caixinha e digo: "Não pode ser assim, assim..." Discutir agora é ruim. Vou contribuir com o que tenho, com a minha experiência. Mas discutir agora se fez time certo, errado ou se deveria ter feito assim não leva a nada no momento, só traz problema. Mas a caixinha está grande para caramba (risos).

Luxa tem propriedade para analisar a nova gestão do Flamengo. E tem mágoa por não ter comandado a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e no Japão. Ao recordar sua saída, cita o cenário de CPI do futebol e dos questionamentos que recebeu por conta de dribles na Receita Federal e questões bancárias. 

– Continuo falando: se aparecer algum cheque meu, alguma coisa... Mas nada. A única coisa que eu tinha era a Receita Federal. Fiz o Refis, como qualquer cidadão físico ou jurídico. 

Falar em "projeto", marca registrada de Vanderlei, parece fora de moda. Ele lançou agora o "ficar longe da confusão", que virou bordão rubro-negro. Essa parece ser a principal meta: não só tirar o time, mas ele mesmo se manter afastado do redemoinho de problemas que marcaram sua carreira. Mas nem sempre a caixinha do velho Luxa é feita só de problemas ou de surpresas.

– Com decisão pronta ninguém vem para mim... – rebate, ao ser questionado sobre um ponto do relacionamento dentro do departamento de futebol do Rubro-Negro.

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