Acusados de duplo homicídio em MT são presos seis meses após o crime

A Polícia Civil de Rondonópolis, município a 218 km de Cuiabá, prendeu na segunda-feira (16) dois homens acusados de assassinarem dois jovens em novembro do ano passado. Ambos já foram indiciados pelo duplo homicídio, são réus e respondem pelo crime na Justiça. A dupla, que estava foragida, confessou o crime e afirmou que o motivo seria um acerto de contas.

Os corpos dos jovens assassinados, Alan Brito Ferreira e João Batista Ferronato, de 21 e 17 anos, respectivamente, não foram encontrados até hoje pela polícia. Eles estariam enterrados em uma região de mata fechada no município, conhecida como Rodovia do Peixe.

Segundo a delegada Karla Cristina Peixoto Ferraz, responsável pelo caso, todos os presos já têm passagens pela polícia por crimes como roubo, tráfico de drogas e homicídios. Ela afirmou, ainda, que eles agiam já há algum tempo em Rondonópolis e são todos naturais da região.

Karla contou que a causa do crime foi uma arma de fogo. “O mandante do crime emprestou a arma de fogo para o Alan, que depois de um tempo acabou vendendo esse armamento e não repassou o dinheiro para o comparsa. Com o dinheiro da venda, o Alan acabou comprando drogas e quando os acusados souberam, deram um jeito de realizar o assassinato”, lembrou.

De acordo com a delegada, João Batista morreu sem ter nenhum envolvimento com o crime. "Ele era inocente e não tinha passagens pela polícia, diferentemente de todos os outros. Mesmo assim acabou morrendo porque era amigo e estava junto do Alan”, afirmou.

Segundo a polícia, os dois presos participaram diretamente dos assassinatos. O único que não teria atuado no crime seria Wesley, que foi preso por chantagear a família de uma das vítimas dizendo que sabia onde o cadáver havia sido enterrado e que queria dinheiro para revelar a informação.

Um quarto acusado de participação nos homicídios, de 21 anos, está foragido e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. “É importante relembrar que as pessoas que tiverem informações sobre esse homem podem repassar para a polícia. Nós lembramos que a sociedade pode ficar tranquila, pois a identidade do indivíduo que contribuir com as investigações será preservada”, disse a delegada.